Várias são as causas da notória inoperância do governo Prandini e três delas podem ser enumeradas, em ordem de relevância, conforme se segue:
1- a opção que o prefeito fez de não assumir a liderança, própria do cargo que ocupa, delegando a administração do Município à seu assessor de governo abriu um vácuo político enorme. Na política, quem não ocupa seu espaço o perde para outro. Assim, o espaço deixado por Prandini é, naturalmente, fragmentado, disputado e ocupado por outras pessoas de dentro do próprio governo, criando aquela situação, em que todo mundo quer mandar, ninguém se entende e ninguém obedece.
2- como não investiu, de fato, no papel de líder, não restou ao prefeito senão adotar a política do “vai para o olho da rua”, numa tentativa de demonstrar que é ele que está à frente do governo, já que quem demite e admite demonstra poder. Ocorre que essa política de demissões sistemáticas tem criado um ambiente de completa instabilidade política na administração e de grande insegurança entre os funcionários comissionados, repercutindo, diretamente em seus rendimentos e prejudicando os serviços público.
3- Como já disse, em outras ocasiões, que um dos pilares do Pacto Umbilical (modelo de governo em que Emerson Duarte, exclusivamente, toma as decisões de governo e Prandini, automaticamente, assina em baixo) é afastar do governo as pessoas comprometidas com o projeto político original de Prandini, com o pretexto de se criar um corpo administrativo, supostamente, técnico. E por quê ? Ora, porque o Pacto Umbilical é um modelo que não comporta preceitos políticos. Não existe política de dois indivíduos apenas. Assim, aquelas pessoas que se engajaram em torno do projeto político que convenceu o eleitor monlevadense a escolher Prandini, são substituídas por outras, supostamente, técnicas, que nada conhecem do projeto que elegeu o atual prefeito, e por isso não podem executá-lo. Não se faz aquilo que não se sabe.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
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Fernando,
ResponderExcluirnunca na história dessa cidade um prefeito foi tão medíocre e fraco em se tratando do quesito liderança. Quem convive diariamente com ele sabe do que estou dizendo. Vc está correto em suas análises. Essa fraqueza para ele custará alto como já vem ocorrendo com a saída de vários aliados do PV e da prefeitura e do partido. Falta pulso, força e coragem pra fazer o que lá no fundo ele sabe que precisa ser feito.
O prazo está se esgotando. Senão virar a mesa até daqui uns 2 meses pode esquecer.E olha que já passou a desculpa da cassação e agora em quem o Emerson vai jogar a culpa pela falta de rumo?
Marcelo