quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vila Operária em Risco

Foi veiculado pelo Jornal A Notícia desta última terça feira que a Mineradora Vale pretende ampliar seu pátio ferroviário em João Monlevade, a fim de atender ao projeto de expansão da produção da ArcelorMittal. Ainda segundo a reportagem, as obras de ampliação do pátio ferroviário demandarão a demolição de inúmeras casas localizadas nos bairros Centro Industrial e Santa Cruz. É o progresso que bate a nossa porta? De certa forma, sim. No entanto, não se pode admitir um progresso que não venha acompanhado da preservação da história e da memória de um povo. Ocorre que aquelas casinhas tão pitorescas compõem o projeto da primeira Vila Operária planejada no Brasil e guardam consigo muito da historia de uma era memorável de pioneirismo e trabalho de nossa gente, além do grande valor arquitetônico. Destruí-las não pode ser uma opção. Provavelmente, a Vale procurará executar a obra da forma mais barata possível para seus acionistas, o que já acende por si só o sinal amarelo. É um momento que inspira diálogo, transparência das empresas envolvidas (Vale e ArcelorMittal) e a mobilização dos poderes constituídos e de toda a comunidade.

2 comentários:

  1. Não seria hora adequada para se discutir e negociar a retirada das famílias das áreas de risco? Próximo ao rio, Tupiniquins, Amazonas, Sta. Cruz e outras. Poder-se-ia negociar com a Vale e a Mittal para construir um belo conjunto habitacional na regão do Sion(transformaria aquele bairro no cartão postal de J.Monlevade), por exemplo.

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  2. Meu tio mora lá e, a Vale já está agendando reuniões para avaliar junto com os moradores se vão dar outra casa ou o dinheiro para os moradores. Praticamene certo é que, a Vila deixará de existir mesmo.

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