sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Mulher Invisível







Como se vê pelas fotos, o título desta postagem não é alusivo a alguma minissérie da rede Globo de televisão, tão pouco ao recente sucesso de bilheteria do cinema nacional, estrelado por Luana Pionvani e Selton Mello. Trata-se, na verdade, da real invisibilidade que alguns cidadãos monlevadenses, em visível situação de necessidade material básica, têm diante da Administração Pública local. Esta mulher de idade já avançada e de postura curvada pelo peso da inseparável trouxa de guardados que sempre carrega consigo é a Dona Jandira, residente no passeio público da Rua Lucindo Caldeira, não muito longe da Prefeitura Municipal, num instável abrigo de caixotes improvisado por ela sob uma fina lona de plástico. Uma pessoa idosa e sozinha como a Dona Jandira não pode permanecer numa situação de tão espantosa falta de dignidade como essa, vivendo na rua, sujeita à chuva, ao frio e sabe-se lá o que mais. É dever desta Prefeitura e, principalmente, daqueles que vieram para "mudar o que tem de mudar" amparar e prover com as materialidades básicas inerentes à dignidade da pessoa humana, como moradia, alimentação, saúde, lazer e etc, não apenas a Dona Jandira, mas qualquer um que se apresente em condições tão degradantes de carência absoluta(apesar das coisinhas dela serem todas muito arrumadinhas neste espaço reduzido). Gostaria de fazer um apelo ao prefeito Gustavo Prandini e à sua secretária de Trabalho Social, Cláudia Paiva, que enxergassem a difícil situação da Dona Jandira, de modo a ampará-la, a dar-lhe um teto decente e um pouco de dignidade. Gostaria também que ela não fosse, simplesmente, empurrada para o Albergue Municipal e que o caso fosse tratado, respeitando-se o seu direito de ir e vir, além de suas peculiaridades subjetivas que podem e devem ser levantadas por um assistente social.

11 comentários:

  1. Já não é de hoje que o Seviço Social não exerga esta situação degradante de um ser humano. Quantas Jandiras estão por ai? É uma questão humanitaria, não só de ação do poder público, mas também de nós seres humanos com nossos semelhantes.

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  2. A Administração Municipal continua de olhos fechados à esta situação ... pelo amor de Deus, cadê a Secretaria de Trabalho Social para intervir nessa história e não deixar a dona Jandira passar por essa situação ????

    Com a palavra, a Secretaria de Trabalho Social. E vamos ver o que eles (se por ventura eles se manifestarem) vão dizer !!!

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  3. Devo elogiar sua iniciativa Fernando, porem, devo ressaltar que não estou aqui para defender nenhum dos lados, muito menos a prefeitura, da qual não concordo com a política que adota.

    Porem, devo perguntar: você procurou alguém do serviço social para se informar a respeito da situação de Dona Jandira? chegou a conversar com algum dos "vizinhos" dessa surpreendente sonhar?

    Vou lhe dizer, eu era uma das "vizinhas" de Dona Jandira. O serviço social já tentou leva-lá a um albergue, já tentaram retira-lá das ruas, ofereceram um lugar para morar... tudo isso foi recusado. foi uma escolha, o serviço social não pode obrigar ninguém a sair das ruas.

    Todos os vizinhos dessa humilde senhora fazem o possível para ajuda-la. desde doação de comida a cobertor para amenizar os dias de frio.

    quem mora por ali com certeza saberá lhe contar vários "mitos" sobre a senhora que está sempre lendo e andando monlevade a fora...

    enfim, fica essa minha humilde observação.

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  4. Existem milhares de Jandiras que o mundo não consegue enxergar... Será egoísmo? Pouca visão? Ou já nos acostumamos com a miséria alheia?
    Não sei. Mas é de doer o coração quando paramos para observar.

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  5. Por Rafael Linhares:

    Olha, pelo que sei da história não é bem assim. Já trabalhei no Trabalho Social, e para mais informações procurem lá e vocês vão saber o que eles já tentaram fazer por ela, e ela não quiz. (...) #simplesOpinião

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  6. Não é só dever da prefeitura cuidar da população,até concordo que deveriam fazer algo por esta senhora,mas todos nos somos responsaveis pela dignidade humana,não é correto esperarmos pelos outros agirem,se cada um fizer a sua parte no fim todos estarão fazendo,e quem sabe assim mobiliza quem deveria fazer algo.

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  7. Sim Rafael Linhares, concordo sim com o que vc disse, mas porque não fizeram nada então antes?

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  8. O caso dessa senhora é semelhante ao do senhor que vive no viaduto da Lagoinha em BH, que anda seminu. Há mais de 30 anos várias entidades tentam uma solução que seja melhor para eles. Usar a coerção faz dó. Dona Jandira andava assim pelas ruas com as crianças, que hoje devem ser adultas.Tirar as crianças dela foi traumático demais.

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  9. GOSTARIA DE INFORMAR QUE APÓS REALIZAR O CONCURSO CONSTATEI O QTO AS QUESTÕES DE CONHECIMENTO SOBRE JM SÃO MAIS DE CUNHO POLITICO DO QUE HISTÓRICO OU GEOGRFICO. UM ABSURDO PERGUNTAR NOME DO ESTACIONAMENTO DO HM, NOME DO NOVO PUXA SACO DIRETOR DO DAE, PROJETO MONLEVADE AS CLARAS, LEI APROVADA NA CAMARA DOS MOTO TAXI, SENTI FALTA DE UMA PERGUNTA SOBRE A PRANDINET.DESSE JEITO OS COMISSIONADOS FECHARAM A PROVA DE CONHECIMENTOS LOCAIS, ATÉ MESMO OS DE IPATINGA POIS ESTÃO ANTENADOS NA POLÍICA FEITA PELO GP.

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  10. Cara, Lígia Andrade, penso que não me cabe sair perguntando para vizinhos ou para funcionários do trabalho social sobre a situação da Dona Jandira. Aliá, as perguntas que me interessavam foram feitas, diretamente, para a Dona Jandira, na ocasião destas fotos. E ela me disse que se houvesse um lugar, onde pudesse ter um teto, uma cama, um local para cozinhar e etc, ficaria muito satisfeita. Pelo que vejo esta faltando habilidade e/ou criatividade para se resolver a questão. Como disse na própria postagem, empurra-la para o albergue na resolve a situação.

    E muito obrigado pela visita e pelo comentário.

    Fernando Garcia

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  11. Caro, Thales, conforme orientação constante da caixa de diálogo destinada a receber os comentários deste blog, seu comentário foi excluído por apresentar conteúdo ofensivo. Apesar disso, farei uma reflexão sobre o que o caro leitor comentou. Dona Jandira não precisa de ajuda. Ela precisa é que aqueles que existem para tal fim, como é o caso da secretaria de trabalho social do governo Prandini, resolvam a questão. Pago imposto e elejo governante é pra isso. Ajudar!!! Não é de hoje que eu ajudo como posso com alguma coisa que ela necessita, como velas, alimento, vestuário e etc. É o que eu posso fazer. Outra forma que tenho de ajudá-la é expondo aqui a sua precária e triste situação e, inclusive, posso dizer que no sentido de tirá-la de invisibilidade alcancei o fim desejado, pois de sexta-feira até hoje (segunda), apenas a postagem da Dona Jandira alcançou o número de 492 visualizações.

    Fernando Garcia

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