terça-feira, 20 de abril de 2010

Alguém Segura o Zé Jaime

Costumo dizer que o nível cultural de uma cidade pode ser medido pela quantidade de quebra-molas que existem em suas ruas. Pode observar: quanto mais atrasado o lugar mais abundantes são os quebra-molas. Quebra-mola é um recurso usado para persuadir o condutor do veículo a diminuir a velocidade em determinado ponto da via, quando, na verdade, apenas a sinalização de trânsito deveria ser suficiente para tal. Quando se percebe que os motoristas estão, massivamente, desrespeitando a sinalização do trânsito, a ponto de se haver a necessidade de se instalar os quebra-molas, uma coisa é certa: a educação não faz parte do cotidiano viário da cidade. Ou seja, as terríveis lombadas são o mais claro sinônimo de falta de educação no trânsito.
Dentro da tamanha complexidade que tem revestido o setor em Monlevade, o Settran deveria adotar abordagens mais filosóficas para atacar a problemática do trânsito. Ao contrário dessas abordagens obsoletas de, simplesmente, se disseminar quebra-molas por toda a cidade, o Settran deveria entrar nas escolas, começando, desde cedo, a educar os futuros motoristas e pedestres de Monlevade. Deveria fazer campanhas educativas e de conscientização. Veja, por exemplo, o caso dos cross-walks - também conhecido como cross-credo- instalados em frente ao Centro Educacional. Aquele misto de quebra-molas e faixa de pedestre deveria ser um ponto de travessia preferencial de transeuntes, mas são ignorados por motoristas e pelos próprios estudantes, pois não houve qualquer processo educativo que condicionasse o pedestre a utilizar o cross-walk para a travessia da avenida, nem do motorista para respeitar a preferência do transeunte naquele ponto, tudo em nome da segurança de todos. Trânsito é ordem, segurança e fiscalização. E sem educação não haverá nenhum desses elementos.

3 comentários:

  1. Sou a favor da tecnologia. As lombadas eletrônicas podem ter custo zero de implantação, neste caso as empresas instalam o sistema e em contrapartida recebem parte do valor arrecadado com multas por infração. O efeito de redução na velocidade dos veículos é alcançado, além de gerar receita ao município.
    Isto sem considerar outros elementos técnicos e de segurança.

    ResponderExcluir
  2. Prezado sr Fernando! Muita acertado este seu post. Eu, como cidadão brasileiro que sou, não me arrisco em aceitar a "gentileza" de um motorista de João Monlevade em me ceder a vez, pois já presenciei várias vezes outros motoristas desavisados e mal educados, começarem a buzinar e até ultrapassar pela direita o veículo que parou em seu favor. E também acho que quebra-molas não está com nada. Um abraço!

    ResponderExcluir
  3. Caro Amigo Fernando,
    estou farto de comentar sobre o trânsito, apesar de ter que fazê-lo.
    Assim como a Saúde e a Educação, que em época de campanha eleitoreira são trampolins para os palanques - todos eles sem exceção - promessas e mais promessas, o trânsito está tornando, também, um trampolim.
    Hoje, nos jornais televisivos do Brasil, deram várias notícias em que o caótico trânsito em algumas cidades está matando, não por acidente, mas por incidente entre os "seres" ditos humanos. Está faltando a EDUCAÇÃO, em todos os níveis.
    Peço-lhe licença para postar estes links do meu blog.
    http://bocaonopulpito.wordpress.com/2010/04/21/repostando-para-repensarmos/
    http://bocaonopulpito.wordpress.com/2010/04/21/cross-credo/
    Muito Obrigado.
    Abraços.
    Obs.: peço-lhe, fineza, reeditar este, com Marcelinho. Muito Obrigado.

    ResponderExcluir

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.