sexta-feira, 23 de abril de 2010

Inércia Administrativa III

Quando não se percebe desabrochar numa administração uma liderança que estabeleça o norte e o paradigma administrativo, o que se tem é um grande espaço aberto que, em se tratando de política, é imediatamente ocupado por tantos quanto possam, conforme os ditames dos interesses pessoais e das oportunidades. O que ocorre é que o lugar que deveria ser ocupado pelo líder se fragmenta em vários outros pequenos espaços que são, prontamente, disputados por vários outros indivíduos, gerando uma confusa situação de luta pelo poder de mando, na qual todo mundo dá ordem e ninguém obedece. Uma das principais causas da letargia que, notoriamente, afeta a administração Prandini é a falta de um líder que coloque, com justiça, cada qual em seu devido lugar, agregando forças, trilhando um caminho a ser seguido por todos e estabelecendo o paradigma do governo, de modo a impedir que os desmandos e os orgulhos pessoais se aflorem num verdadeiro caldeirão de vaidades, onde ninguém se entende e todos querem mandar. Enquanto não houver um líder que aponte o norte, o que se verá é o que se tem visto: muito cacique pra pouco índio e, consequentemente, muita confusão, muita intriga, muita vaidade, e muito marasmo e ineficiência. O líder é aquele que agrega forças. Sinergia é a palavra.

Um comentário:

  1. O governo não funciona, e um grande problema que vejo é certos "conselheiros" apenas passando a mão na cabeça de Prandini, em vez de lhe dar uma fisgada para chamá-lo à responsabilidade. Não é assim que se ajuda. O governo tem que acordar. E a esquerda já precisa começar a pensar em um nome para 2012. Prandini, mesmo se não ficar inelegível, não é o nome. A esquerda tem uma tradição a sustentar.

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