terça-feira, 21 de junho de 2011

Piso do Professor

É, simplesmente, inaceitável que num Município do produto interno bruto da gigantesca ordem de 1 bilhão e 436 milhões de reais e da expressiva receita anual de 152 milhões (ou serão 128?), o professor público tenha de permanecer em greve para que se pague o piso salarial do magistério, legalmente, fixado em R$ 1.187,97. Principalmente, em se tratando de um Município governado por um prefeito egresso da escola pública e que norteou sua campanha eleitoral no compromisso pela mudança. Já disse outras vezes e volto a repetir: sem os investimentos necessários e o tratamento prioritário ao setor da educação pública, nenhuma das mudanças almejadas pela sociedade monlevadense se concretizarão. Precisamos de mais qualificação, de mais ordem, de mais respeito, de mais urbanidade e civilidade. Ou seja, precisamos de mais educação. De uma educação muito mais voltada para o civismo, para as demandas da cidade e para o jogo ético da vida do que, meramente, para o vestibular, como ocorre com o atual modelo. E, indubitavelmente, sem um salário digno para o professor jamais alcançaremos as transformações sociais que nos colocarão, definitivamente, nas condições do sonhado desenvolvimento humano. Na oportunidade, gostaria de fazer uma sugestão ao professores. Tratando-se o piso salarial de previsão em lei, já considerada pelo STF como constitucional e considerando que o piso tem relação direta com o direito à educação pública de qualidade, um caminho interessante seria o Ministério Público. O sindicato ou mesmo uma comissão de professores poderia representar no MP da Comarca quanto ao descumprimento da lei federal que estabelece o piso. Quem sabe, assim, o promotor de justiça poderia refrescar a memória de Prandini, relembrado o prefeito de seu pronunciamento de posse, no qual jurou observar e defender as leis e a Constituição?

3 comentários:

  1. Caro Fernando, sou professor e pela primeira vez em 20 anos de magistério, estou em greve para que este prefeito e este secretário da Educação cumpram uma Lei Federal e com confirmação do Supremo. Mesmo em cargos políticos e , no caso do prefeito, também advogado, não conseguem cumprir lei. Acho isso um precedente perigoso, especialmente para os nossos jovens que já presenciam tantos desmandos e péssimos exemplos na vida pública deste país. Esse é mais um péssimo exemplo em que temos fora da lei um prefeito e um secretário que se diz assinante da pasta da Educaçao. Que belo exemplo de educação eles transmitem aos cidadãos de nossa sofrida cidade.

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  2. DOUTOR FERNANDO, ESSE SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO TEM O CARRO COM A PLACA LÁ DE BH, SE ISSO FOR VERDADE, QUEM É ELE PARA DAR EXEMPLO PARA OS PROFESSORES ???????

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