É, simplesmente, inaceitável que num Município do produto interno bruto da gigantesca ordem de 1 bilhão e 436 milhões de reais e da expressiva receita anual de 152 milhões (ou serão 128?), o professor público tenha de permanecer em greve para que se pague o piso salarial do magistério, legalmente, fixado em R$ 1.187,97. Principalmente, em se tratando de um Município governado por um prefeito egresso da escola pública e que norteou sua campanha eleitoral no compromisso pela mudança. Já disse outras vezes e volto a repetir: sem os investimentos necessários e o tratamento prioritário ao setor da educação pública, nenhuma das mudanças almejadas pela sociedade monlevadense se concretizarão. Precisamos de mais qualificação, de mais ordem, de mais respeito, de mais urbanidade e civilidade. Ou seja, precisamos de mais educação. De uma educação muito mais voltada para o civismo, para as demandas da cidade e para o jogo ético da vida do que, meramente, para o vestibular, como ocorre com o atual modelo. E, indubitavelmente, sem um salário digno para o professor jamais alcançaremos as transformações sociais que nos colocarão, definitivamente, nas condições do sonhado desenvolvimento humano. Na oportunidade, gostaria de fazer uma sugestão ao professores. Tratando-se o piso salarial de previsão em lei, já considerada pelo STF como constitucional e considerando que o piso tem relação direta com o direito à educação pública de qualidade, um caminho interessante seria o Ministério Público. O sindicato ou mesmo uma comissão de professores poderia representar no MP da Comarca quanto ao descumprimento da lei federal que estabelece o piso. Quem sabe, assim, o promotor de justiça poderia refrescar a memória de Prandini, relembrado o prefeito de seu pronunciamento de posse, no qual jurou observar e defender as leis e a Constituição?
terça-feira, 21 de junho de 2011
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Caro Fernando, sou professor e pela primeira vez em 20 anos de magistério, estou em greve para que este prefeito e este secretário da Educação cumpram uma Lei Federal e com confirmação do Supremo. Mesmo em cargos políticos e , no caso do prefeito, também advogado, não conseguem cumprir lei. Acho isso um precedente perigoso, especialmente para os nossos jovens que já presenciam tantos desmandos e péssimos exemplos na vida pública deste país. Esse é mais um péssimo exemplo em que temos fora da lei um prefeito e um secretário que se diz assinante da pasta da Educaçao. Que belo exemplo de educação eles transmitem aos cidadãos de nossa sofrida cidade.
ResponderExcluirParabéns pelo texto
ResponderExcluirDOUTOR FERNANDO, ESSE SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO TEM O CARRO COM A PLACA LÁ DE BH, SE ISSO FOR VERDADE, QUEM É ELE PARA DAR EXEMPLO PARA OS PROFESSORES ???????
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