Desde seu início, o governo Prandini tem sido marcado por crises de toda sorte. Nada de anormal, em se tratando da seara político-administrativa. No entanto, o que mais chama a atenção é a completa apatia em se atacar os fundamentos das crises que lhe são apresentadas e que, por esta razão, somadas à falta de liderança e de diálogo, entre outros, vão se avolumando e se desdobrando em novas crises de diversas naturezas. Logo que tomou posse, Prandini começou a perder uma série de aliados, instalando-se, assim, a primeira crise: a política. Ocorre que, na maioria dos casos, os aliados perdidos foram substituídos por adversários de primeira ordem ou por pessoas alheias ao projeto político assumido por Prandini frente ao eleitorado. Em outras palavras, os soldados comprometidos com o projeto original foram substituídos pos indivíduos que nem mesmo o conhecia, o que resultou no início da segunda crise: a administrativa. Da crise administrativa, adveio a terceira: a financeira, que engessou a máquina pública, projetando-se de volta na crise administrativa, fortalecendo-a. Das três primeiras crises, somadas à falta de diálogo e prepotência, surge a quarta crise: a institucional, que se evidenciou no péssimo relacionamento entre governo e importantíssimos setores da sociedade civil organizada, como com a imprensa local, a Usina, a Caixa Econômica Federal, prestadores de serviço, permissionários e etc. E agora, das quatro crises até então instaladas, surge a quinta e talvez a mais relevante para quem pretende se reeleger prefeito: a crise de credibilidade. Ninguém mais acredita em nada que o governo faz, diz que vai fazer, ou, simplesmente, informa. E isso se concretiza de forma objetiva, com base apenas em tudo ou nada que o governo demonstrou até o momento. Para o voto é a pior das crises. É, por exemplo, a crise de credibilidade que explica o impasse vivido entre a Prefeitura, Sintramon e Educadores no contexto da greve do Magistério. As negociações não avançam, por que os envolvidos não acreditam em mais nada que é proposto pelo governo. E ainda mais crises podem surgir. O processo tende a ser sistêmico.
terça-feira, 12 de julho de 2011
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