quinta-feira, 14 de julho de 2011

Trânsito

Certamente, o caos que toma conta do trânsito monlevadense tem várias origens. São décadas de falta de planejamento, insuficiência de educação e preparo de motoristas e pedestres, ausência de um sistema de transporte público barato e eficiente que encoraje o cidadão a deixar seu carro em casa, carência da sinalização horizontal, falta de maior regulamentação e fiscalização, além do amadorismo e da aparente falta de interesse da administração Prandini em tratar do assunto, efetivamente, entre outras. No entanto, existe um fator físico, sem o qual a eventual solução de qualquer dos pontos levantados acima, em quase nada colaboraria para a minimização da crítica situação do trânsito. E o nome dele é espaço. Sem espaço, não há tráfego de veículos ou pedestres. A questão é newtoniana! Estamos desperdiçando um espaço precioso, quando estacionamos nossos carros nas vias do centro de Carneirinhos, principalmente, na Av. Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga. Não podemos mais nos dar ao luxo de comprometer um espaço que deveria ser destinado ao trafego com a comodidade de motoristas e comerciantes. É preciso que se retirem esses carros das vias, abrindo-se, assim, mais espaço para o trânsito fluir. Em alguns casos, o espaço hoje destinado ao trânsito poderia até se triplicar. E, concomitantemente, devem-se promover políticas públicas ou parcerias público-privadas voltadas para a implantação de estacionamentos que recebam estes veículos. E comerciantes e o motoristas também devem entender que o interesse público pela mobilidade há de se sobrepor aos interesses individuais de se poder estacionar o carro em frente ao comércio que se deseja.

4 comentários:

  1. Caro Amigo Fernando,
    somente postarei estes links como forma de comentários.
    http://bocaonopulpito.wordpress.com/2009/06/06/sugestoes-para-melhoria-do-caotico-transito-do-centro-de-joao-monlevade/
    http://bocaonopulpito.wordpress.com/2009/05/29/nao-ha-dificuldades-e-sim-falta-de-vontade/
    http://bocaonopulpito.wordpress.com/2009/05/29/calcadas-uma-triste-realidade/
    http://bocaonopulpito.wordpress.com/2009/05/29/caotico-transito-de-joao-monlevade/
    http://amobike.wordpress.com/2010/07/14/abandono-tem-se-uma-solucao/
    http://amobike.wordpress.com/2010/06/06/uma-ciclovia-no-centro-de-monlevade/
    http://amobike.wordpress.com/2010/08/13/consciencia-ecologica-sustentavel/
    http://amobike.wordpress.com/2010/06/03/ciclovia-ciclofaixa-e-transito-compartilhado/
    E tudo isto e mais a audiência pública realizada sem quórum.
    Decepcionante.
    Abraços.

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  2. complementando...
    http://amobike.wordpress.com/2010/05/28/programa-brasileiro-de-mobilidade-por-bicicletas/
    http://amobike.wordpress.com/2010/05/28/copenhagenize-monledanize/
    Abraços.

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  3. Vi uma matéria na TV Cultura sobre o trânsito em Roma, lá também está uma loucura.
    Será que lá é falta de planejamento Dr. Monlewood??
    Lhe faço a pergunta pois vc se acha um sabe tudo.

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  4. Tratando-se de um país localizado na nata do desenvolvimento europeu, falta de planejamento, certamente, não. Dizem que a histórica falta de planejamento do brasileiro tem relação direta com as condições das três matrizes étnicas nacionais: a portuguesa, a africana e a indígena. A portuguesa nunca se preocupou em planejar, pois objetivava extrair o máximo possível de riquezas da colônia e dar no pé. A africana era escravizada e escravo, obviamente, não planeja nada, apenas cumpri as ordens de seu senhor. E o índio, por sua vez, também nunca se preocupou em planejar, pois a natureza lhe provia de todo o necessário para viver e subsistir. Não conheço o trânsito de Roma. Mas talvez, a capital da Itália também sofra com o mesmo mal que nós: a falta de espaço. No entanto, a falta de espaço no transito romano, imagino eu, não deve esbarrar na falta completa de planejamento e sim nas dificuldades de uma cidade que é um museu a céu aberto e que, portanto, não pode abrir grades avenidas entre seus inúmeros monumentos históricos. No mais, como dizia o filósofo, só sei que nada sei.

    Fernando Garcia

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