A iniciativa do prefeito Gustavo Prandini de se reunir com o Partido dos Trabalhadores, na última quinta-feira, não fugiu muito do que havia sido previsto aqui, no Monlewood. Escoltado por sua tropa de choque, composta por secretários de dentro e fora do PT, Prandini, finalmente, se dispôs a apresentar ao Diretório Municipal seu novo assessor de governo, o psicólogo de Ipatinga, Tadeu Figueiredo. E como não poderia deixar de ser, agora, faltando, exatamente, um ano para início da campanha eleitoral de 2012, o chefe do Executivo convidou, formalmente, o PT para conhecer sua versão do impacto da greve dos servidores e educadores na folha de pagamentos da Prefeitura e veio usar de sua esvaziada retórica para falar em união, participação, grupo, continuidade do projeto da Esquerda, forma mais coletiva possível, somar, contribuir, espaço para diálogo e bom momento político-administrativo. A iniciativa não foi de toda ruim. Mas, é natimorta em tempo e modo. Tivesse inciado um processo abertura de seu governo, no mais tardar, logo após a reversão da cassação de seu mandato no TRE, as coisas, certamente, não teriam chegado ao ponto em que estão e ainda haveria tempo hábil que encorajasse o envolvimento do Diretório na correção dos rumos tomados pelo gabinete Prandinista. Por isso errou no tempo. Não há mais prazo para as necessárias mudanças. Errou também no modo, porquanto a iniciativa, só agora, tomada por Prandini se revela de cunho, claramente, eleitoral. Se Prandini, realmente, pretendesse colocar o PT junto ao processo decisório de sua administração, o teria feito na recente oportunidade da substituição de seu assessor de governo, permitindo que o Diretório Municipal deliberasse e indicasse o nome do substituto formal de Emerson Duarte, o que não ocorreu. O nome de Tadeu Figueiredo foi engendrado pelo gabinete prandinista em total revelia do Partido dos Trabalhadores. Assim, ficou claro que o interesse do prefeito não é o de abrir o diálogo, pois, como dito, sempre se furtou ao mesmo no momento em que poderia realizá-lo. O interesse de Prandini é no patrimônio político-eleitoral de 10.000 votos que o PT tem em Monlevade para se lançar à reeleição. Em outras palavras, é mais um fato que comprova que para o governo prandinista o Partido dos Trabalhadores não passa de uma legenda de aluguel, que pode ser comprada por meia dúzia de cargos no primeiro escalão. E isso, a militância não pode aceitar.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
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Mais um domingo sem carne ... já foi tarde doutor ... eu penso que isso foi mais uma tentativa de aproximaçã do período eleitoral, já que ele pensa que o PT poderá ajudá-lo de alguma forma em seu projeto de reeleição.
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