Nos últimos trinta dias, o governo Prandini procedeu a uma espécie de reconfiguração política, com várias modificações no primeiro escalão, gratificações e outros empregos mais, claramente, destinada a manter o Partido dos Trabalhadores em sua composição aliada. Nada de surpreendente, considerando o quadro de iminente ruptura que se verificava no partido, até então. O gabinete prandinista nada mais fez do que dançar conforme a música. O grande problema, no entanto, gira em torno da natureza política da nova reconfiguração adotada pelo governo: ela não possui caráter político-administrativo, como muitos petistas estão pensando, mas sim político-eleitoreiro.A abertura política, finalmente, permitida ao PT pela atual gestão municipal não visa colocar o partido no cerne das tomadas de decisão político-administrativas do governo e sim usar de sua envergadura política para conquistar votos para Prandini. Assim, ainda não se pode falar que o PT seja governo. Na realidade, o partido tem deixado sua condição de mero espectador no processo decisório administrativo para assumir o triste papel de simples cabo eleitoral do prefeito. Um fato que comprova esta nova situação petista é a opção feita pelo governo de trazer petistas de outros municípios para que assumissem pastas da administração. Ora, se Prandini, realmente, pretendesse trazer o PT para dentro de seu governo, teria buscado os nomes nos quadros do partido em Monlevade ou, pelo menos, outorgado ao Diretório a indicação dos mesmos, o que não aconteceu. Na verdade, essa estratégica de buscar petistas de outras cidades para compor o governo tem como objetivo enfraquecer o partido e confundir a militância. E assim, valendo-se da prática do empreguismo e das táticas dos engodos que lhe são próprios, o gabinete prandinista vai amarrando o PT, tentando abrir o caminho para sua filiação no partido, para fazer lá o mesmo que fez com o Partido Verde. E, inexoravelmente, a história julgará todos os que se envolverem neste fratricídio partidário.
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Estamos perdido !!!
ResponderExcluirNão é possível que o PT será tão ingênuo quanto o PV em embarcar numa estratégia kamikase dessas, nascida das teorias do pacto umbilical, que consegue destruir toda e qualquer aliança em que agregue. foi assim antes da eleição quando agregou winter, e destruiu o poderoso grupão opositor, foi assim quando deixou de lado o PT estes dois anos e meio, destituiu o PV e agora vive em lua de mel com o PT como se nada tivesse acontecido. O PT tem história própria e não precisa se submeter. Tem excelentes nomes e condições e força de lançar candidatura própria. Deviam ouvir o Gleber pois ele entende muito de estratégia e tem visão de futuro. Se o Prefeito quer recuperar o tempo perdido e utilizar mão de obra de pessoas competentes sejam petistas ou não ótimo. Mas sem troca de favores. O partido não deve nada a ele. antes o contrário.
ResponderExcluirO marqueteiro dele lá Doutor acha que está no caminho certo, mas não está!!!
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