Ainda existe bastante minério no
Gongo Soco. No entanto, o atual modelo de exploração do setor minerário, somado
à atual conjuntura de preço do minério de ferro e à profundidade dos trabalhos
no Gongo fazem com que o empreendimento se torne, economicamente, desinteressante,
situação que não tem sido incomum em cavas tão antigas quanto aquelas.
Mas, a Mina do Gongo Soco não se
consagrou na história da mineralogia mundial por seu minério de ferro apenas. Ela
é considerada, isoladamente, a mina que mais produziu ouro em todo o mundo.
A Mina pertenceu ao excêntrico
Barão de Catas Altas que, durante anos, utilizando métodos rudimentares de
mineração, chegou a extrair, diariamente, 7 quilos e meio de ouro puro do Gongo
Soco.
Para se ter uma idéia, em
números, desta imensa riqueza, pode-se fazer a seguinte conta:
na cotação de hoje (R$ 110,00, o
grama) a produção aurífera diária do Gongo Soco corresponderia à soma de 825 mil reais. Em 12 meses de produção
da mina, seu faturamento chegaria à incrível soma de 297 milhões de reais, o
que renderia 59 milhões e 400 mil reais de receita ao fisco, que, na época,
cobrava a alíquota de 20% sobre a produção do metal, ou seja, o Quinto (hoje,
os royalties da mineração não superam os 03%) .
As perguntas que ficam são as
seguintes: por que o ouro, que ocorre junto ao minério de ferro (o Quadrilátero
Ferrífero é necessariamente o Quadrilátero Aurífero), não é explorado nessas
minas? Ou será que ele é explorado de forma oculta? Ou será ainda que o minério
de ferro é exportado junto com o ouro e, chegando nos países de destino, o
metal preciso é, devidamente, separado e apurado? E estas são apenas algumas questões
que envolvem o setor.
Minas deve acordar para si. Todo
o modelo de mineração vigente no país, o que inclui os respectivos royalties,
não é apenas injusto e nefasto, mas também representa uma verdadeira usurpação
das riquezas minerais do solo mineiro.
Não é aceitável que uma empresa
apenas controle o destino de municípios inteiros, como ocorre, atualmente, com
Barão de Cocais.
Ora, se determinada empresa
considera desinteressante a exploração de uma de suas incontáveis minas, ela
deveria perder o direto de explorá-la para que se interessar. O monopólio que
existe no setor da mineração deve ser quebrado de forma a dificultar que
situações absurdas como a vivenciada pelo município de Barão de Cocais não se
tornem uma constante. E essa discussão deve se iniciar nos municípios, pois, como se vê, são eles os maiores prejudicados.
Hasta la victoria, comandante Fernando!!!
ResponderExcluirMais uma bandeira de luta... por um mundo melhor!!!
Saudações companheiro... hasta siempre!!
e o piolho de cobra que devia chamar o contrario, falou em seu blog que nunca iria entrar em um cargo publico e agora kkkk
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