segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Prainha da Morte

É assustador como a morte não inspira providências em nossa sociedade. Pessoas seguem morrendo, sistematicamente, no trânsito, na violência urbana, na omissão do sistema público de saúde e nas mais variadas formas em que, facilmente, se mata e se morre nessa terra e nada ou muito pouco é feito para se prevenir o evento morte.
Aqui em nossa região, por exemplo, existe uma espécie de balneário macabro,  chamado, equivocadamente, de Prainha, em que, todos anos, pelo menos meia dúzia de pessoas desavisadas morrem afogadas em suas águas impróprias para o banho, sem que qualquer autoridade tome alguma providência a fim de  interromper tamanha sucessão de mortes.
É uma situação que não pode ser interpretada, senão, pela falta de valor que tem a vida humana em nossa sociedade. De tal forma que o próximo pode ser você.
O primeiro grande equívoco é chamar aquele matadouro, localizado no perigoso Rio Santa Bárbara, no município de  São Gonçalo do Rio Abaixo, de “Prainha”. O nome correto daquilo é “Praia da Morte”. Fica a dica para a Câmara de Vereadores da cidade vizinha, já que, apesar de estar localizada em território são-gonçalense, a Prainha não mata apenas gente de João Monlevade.  Outro fato que chama  a atenção é a total negligência das autoridades, no que diz respeito à prevenção, diante das inúmeras e repetidas mortes que ocorrem no local. O nado ali deveria ser, terminantemente, proibido por lei municipal.  O local deveria ser fechado e, nele, instaladas placas de advertências, ostentando o número de pessoas que já perderam suas vidas naquelas águas, além dos dizeres: “praia da morte, proibido nadar” e coisas do gênero.         

2 comentários:

  1. A idéia é muito boa. Abraços! Victor G. Gomes

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  2. O problema, caro Fernando, não está só no governo, mas também no próprio ser humano que tem, muitas vezes até como prioridade, o dom de desobedecer e/ou ignorar os avisos de perigo e morte. A única maneira, ao meu ver, de evitar o "uso" da prainha seria mantendo, por lá, equipes de vigilância; sejam guardas municipais, sejam pms, bombeiros, etc. Do contrário, o lugar estará sempre fadado a atrair e, pq não, matar os banhistas que, mesmo avisados e sabendo os riscos que correm, insistem em se divertir à custa do perigo.

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