Segundo o parlamentar, o gasto com a folha de pagamentos do
funcionalismo estaria muito próximo do limite de 54% da receita corrente líquida,
definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que impediria um reajuste salarial
para a categoria acima da inflação.
Bois bem, em primeiro lugar, uma folha de pagamento que, com
menos de três meses de governo, já esbarra no limite de gasto legal, sugere uma
máquina pública, demasiadamente, inchada, o que desmente essa conversa de “austeridade
fiscal”, que o governo tanta propaga. De uma forma ou de outra, mentem.
Segundo que atribuir à lei a responsabilidade por não se
conceder aumento salarial ao funcionalismo é subestimar a inteligência da
categoria, pois neste caso, o verdadeiro responsável é o chamado “Choque de Gestão”
(olha a mentira aí de novo), que chegou com muita força na Prefeitura e, em João Monlevade , é conduzido
pela secretária de fazenda forasteira, Laura Araújo.
O “Choque de Gestão” tem
uma matemática muito simples: cortam-se vários programas sociais, de preferência
na educação, achatam-se os salários dos servidores e etc, tudo a fim de se
fazer caixa orçamentário para contratar empresas fornecedoras de serviços que,
antes, eram prestados, diretamente, pela administração pública.
Como a prestação de tais serviços fica mais cara quando
prestada por empresas, já que além de seus custos operacionais, também se deve
considerar o lucro do empresário, alguém tem que pagar por essa diferença de preços.
E é por isso que os cortes acontecem. No final das contas, quem paga pelo lucro
do empresário que passa a prestar os serviços públicos é o servidor que não terá
aumento, os universitários que tiveram o transporte cortado, as mães do bebê a
bordo, os jovens da Cáritas e etc.
O slogan "esse resolve", faltou o complemento: resolve cortar, cortar, cortar... Ah, só um detalhe, a Laura é de Monlevade e aqui viveu por muitos e muitos anos.
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