quinta-feira, 14 de março de 2013

Choque de Gestão: Servidores não Terão Aumento este Ano

Ontem, durante a reunião ordinária da Câmara, o vereador Carlos Gomes declarou que os servidores públicos municipais não terão aumento real de salário este ano.
Segundo o parlamentar, o gasto com a folha de pagamentos do funcionalismo estaria muito próximo do limite de 54% da receita corrente líquida, definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o que impediria um reajuste salarial para a categoria acima da inflação.   
Bois bem, em primeiro lugar, uma folha de pagamento que, com menos de três meses de governo, já esbarra no limite de gasto legal, sugere uma máquina pública, demasiadamente, inchada, o que desmente essa conversa de “austeridade fiscal”, que o governo tanta propaga. De uma forma ou de outra, mentem.
Segundo que atribuir à lei a responsabilidade por não se conceder aumento salarial ao funcionalismo é subestimar a inteligência da categoria, pois neste caso, o verdadeiro responsável é o chamado “Choque de Gestão” (olha a mentira aí de novo), que chegou com muita força na Prefeitura e, em João Monlevade, é conduzido pela secretária de fazenda forasteira, Laura Araújo.
O “Choque de Gestão”  tem uma matemática muito simples: cortam-se vários programas sociais, de preferência na educação, achatam-se os salários dos servidores e etc, tudo a fim de se fazer caixa orçamentário para contratar empresas fornecedoras de serviços que, antes, eram prestados, diretamente, pela administração pública.     
Como a prestação de tais serviços fica mais cara quando prestada por empresas, já que além de seus custos operacionais, também se deve considerar o lucro do empresário, alguém tem que pagar por essa diferença de preços. E é por isso que os cortes acontecem. No final das contas, quem paga pelo lucro do empresário que passa a prestar os serviços públicos é o servidor que não terá aumento, os universitários que tiveram o transporte cortado, as mães do bebê a bordo, os jovens da Cáritas e etc.         

Um comentário:

  1. O slogan "esse resolve", faltou o complemento: resolve cortar, cortar, cortar... Ah, só um detalhe, a Laura é de Monlevade e aqui viveu por muitos e muitos anos.

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