O projeto político que, até então, aguardava Teófilo Torres girava
em torno de sua muito provável candidatura a uma cadeira na Assembléia de
Minas, em 2014. Com a investidura de seu pai, o ex-deputado Mauri Torres, no
cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, Teófilo passou a ser cogitado como
seu sucessor natural no meio político.
Mas, repentinamente, as coisas mudaram. A vigência da Lei da
Ficha limpa acabou frustrando as ambições do ex-prefeito ficha suja, Carlos Moreira, em
se candidatar ao cargo de chefe do Executivo Municipal, em 2012. E assim, ciente de que por tais circunstâncias aquele
seria o último pleito em que teria expressão política entre os eleitores, caso não adotasse uma contra-estratégia para tal, já que os
numerosos processos que responde na Justiça por corrupção o deixaria inelegível
por mais 15 ou 20 anos, Moreira, que possui aval irrestrito de Mauri para conduzir o
processo político-eleitoral em João Monlevade, o que inclui o controle político-ideológico da Rádio Cultura, tratou de escolher um candidato que apresentasse um perfil condizente com suas pretensões de driblar a Lei da Ficha Limpa e comandar o Município, mesmo que indiretamente, conforme seus próprios e já conhecidos interesses e sua vaidade pessoal. E neste contexto, por várias razões, Teófilo foi o escolhido.
No entanto, pode-se dizer que a candidatura de Teófilo se apresentou um tanto precipitada frente a outra pretensão de se eleger prefeito já existente dentro do grupo. Estou falando do atual presidente da Câmara, o vereador Guilherme Nasser que vinha preparando o terreno para se lançar candidato a prefeito, há algum tempo. E neste sentido, Teófilo pulou a fila.
Ora, agora que Teófilo é prefeito e deve ser candidato à reeleição em 2016, pois quem manda é Moreira e se o atual chefe do Executivo, por ventura, renunciar para se candidatar a deputado em 2014, assume o PDT, que não logrou exito em emplacar seu candidato como cabeça de chapa nas eleições passadas, justamente, por rejeição do radialista; Nasser que é jovem e ambicioso, não tem outra opção senão a de almejar uma cadeira na Assembléia de Minas e demonstra isso, claramente, quando regionaliza sua atuação política, adotando a causa da duplicação da BR-381.
E nessa teia intrincada de interesses, resta saber cono fica o irmão do prefeito, Tito Torres, que também se coloca como candidato a deputado estadual em 2014. Será que já combinaram isso com ele?
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