E segue a dilapidação do patrimônio histórico-cultural de Minas. Leio na edição de ontem do jornal Estado de Minas que os famigerados ladrões de arte sacra têm nova rota e estratégias para saquear igrejas, capelas, museus e outros prédios históricos de Minas. Segundo matéria de capa do diário, as quadrilhas agora atacam povoados e distritos coloniais, distantes dos grandes centros urbanos e da vigilância das autoridades, conforme investigação do Ministério Público estadual.
O caso mais recente, segundo o veiculado, foi o roubo de cinco imagens da Matriz de Santo Antônio, em Itacambira, de 5,2 mil habitantes, na Região Norte. Nos últimos dois anos, de acordo com levantamento da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), 25 peças desapareceram. O mapa recente dos furtos inclui crimes não desvendados no distrito de Engenheiro Correia, em Ouro Preto, e em Caeté, na Região Metropolitana de BH, além de Rio Preto e Santa Rita de Jacutinga, na Zona da Mata, e Campo Belo, no Centro-Oeste.
A falta de segurança nos templos e museus, a alto valor que as peças alcançam nos mercados nacionais e internacionais, a inexistência de uma polícia especializada e a ignorância e o desinteresse das comunidades em relação à seus bens artístico-culturais são os ingredientes que levam à triste realidade de que mais de 60% da arte sacra mineira já foi subtraída do estado.
Enquanto na Europa, Aleijadinho é considerado a reencarnação mulata de Michelangelo, o que eleva às alturas o valor de suas peças, em Minas as novas gerações não fazem idéia da grandiosidade e da importância de sua obra. As capelas e as igrejas de Ouro Preto, por exemplo, não possuem sistema de câmeras e, em muitas, os alarmes não funcionam. A polícia especializada em crimes contra o patrimônio histórico-cultural de Minas, prevista na Constituição do Estado, não sai do papel...
O mais infame crime desta natureza, perpetrado contra o patrimônio histórico-cultural de Minas foi, sem dúvida, o furto do Santíssimo Sacramento ocorrido na década de 1970 na Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. A peça, em ouro maciço, fundida especialmente para a celebração da maior festa barroca de todos os tempos, o Triunfo Eucarístico (1733), considerada por muitos historiadores como as bases do Carnaval Brasileiro, foi subtraída, misteriosamente, e nunca mais se ouviu falar dela nem de esforços para recuperá-la. Na época, o governo militar impediu a divulgação do fato. O descaso do governo de Minas em relação aos bens culturais do estado é inacreditável e, as vezes, parece até proposital.
O caso mais recente, segundo o veiculado, foi o roubo de cinco imagens da Matriz de Santo Antônio, em Itacambira, de 5,2 mil habitantes, na Região Norte. Nos últimos dois anos, de acordo com levantamento da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC), 25 peças desapareceram. O mapa recente dos furtos inclui crimes não desvendados no distrito de Engenheiro Correia, em Ouro Preto, e em Caeté, na Região Metropolitana de BH, além de Rio Preto e Santa Rita de Jacutinga, na Zona da Mata, e Campo Belo, no Centro-Oeste.
A falta de segurança nos templos e museus, a alto valor que as peças alcançam nos mercados nacionais e internacionais, a inexistência de uma polícia especializada e a ignorância e o desinteresse das comunidades em relação à seus bens artístico-culturais são os ingredientes que levam à triste realidade de que mais de 60% da arte sacra mineira já foi subtraída do estado.
Enquanto na Europa, Aleijadinho é considerado a reencarnação mulata de Michelangelo, o que eleva às alturas o valor de suas peças, em Minas as novas gerações não fazem idéia da grandiosidade e da importância de sua obra. As capelas e as igrejas de Ouro Preto, por exemplo, não possuem sistema de câmeras e, em muitas, os alarmes não funcionam. A polícia especializada em crimes contra o patrimônio histórico-cultural de Minas, prevista na Constituição do Estado, não sai do papel...
O mais infame crime desta natureza, perpetrado contra o patrimônio histórico-cultural de Minas foi, sem dúvida, o furto do Santíssimo Sacramento ocorrido na década de 1970 na Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto. A peça, em ouro maciço, fundida especialmente para a celebração da maior festa barroca de todos os tempos, o Triunfo Eucarístico (1733), considerada por muitos historiadores como as bases do Carnaval Brasileiro, foi subtraída, misteriosamente, e nunca mais se ouviu falar dela nem de esforços para recuperá-la. Na época, o governo militar impediu a divulgação do fato. O descaso do governo de Minas em relação aos bens culturais do estado é inacreditável e, as vezes, parece até proposital.
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