sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fim da Greve do Magistério

Ontem, os educadores da rede pública municipal resolveram, em Assembléia Geral, pelo encerramento do movimento grevista que, na oportunidade, completava seu 64º dia de paralisações nas escolas do Município. Infelizmente, educação pública de qualidade não é uma prioridade para o governo Gustavo Prandini. Pesaram o ano letivo e a responsabilidade dos Mestres em educar, apesar das adversidades que afligem o setor há vários anos. No entanto, o Magistério Monlevadense merece o mérito pela belíssima demonstração de unidade, de mobilização e pelo exemplar exercício dos direitos civis e democráticos que demonstrou nestes últimos dois meses. A greve se encerrou, mas os movimentos pela valorização do professor e pela qualidade da educação pública devem seguir em frente, sob pena de continuarmos a perseguir, indefinidamente, um futuro de desenvolvimento que nunca chega. Parabéns aos Educadores, aos pais e alunos que manifestaram o seu apoio, ao Sintramon e a todos os demais envolvidos.

2 comentários:

  1. favor publicar-comissão de greve

    LOG DO PROFESSOR EULER

    COMENTÁRIO SOBRE O TÉRMINO DA GREVE DOS PROFESSORES


    Sexta-feira, 12 de agosto de 2011


    Confesso aos meu combativos guerreiros e guerreiras que acabo de acordar (são 2h da madrugada), pois havia me deitado por volta de 23h 15m para um rápido cochilo, mas acabei passando da hora. Meu normal é dormir depois das 3h, mas tudo bem. Lembro-me que a última coisa que pensei antes de dormir foi no título deste post: por que o governo não joga limpo com os educadores?

    Mas, antes de entrar nesse tema, quero aqui dedicar algumas poucas palavras aos combativos e combativas guerreiros e guerreiras educadores da cidade de João Monlevade. Recebi um comentário dando conta de que vocês votaram pelo fim da greve na rede municipal e que aparentemente não houve conquistas.

    Quero responder a este comentário dizendo que a luta de vocês, corajosa, exemplar, já é uma conquista. Não é lugar comum dizer que às vezes perdemos uma batalha, mas não a guerra. Nem sempre, numa batalha, conseguimos arrancar aquilo que é o mais justo. Muitos fatores podem contribuir para um momentâneo recuo.

    Mas, vocês que estavam em greve, têm motivos de sobra para se orgulharem de terem lutado bravamente, de terem passado por todo tipo de sacrifício e resistido por mais de dois meses. Não é pouca coisa e não é coisa para qualquer um, não. É coisa para valentes, para quem tem dignidade, para quem aprendeu as melhores lições de humanismo, de cidadania, de bravura. Acima de tudo: é coisa para quem aprendeu a respeitar a si próprio.

    Não tenham a menor vergonha ante a seus alunos ou à comunidade. Quem precisa se envergonhar é o governo (são os governos), que fazem pouco caso da Educação e dos educadores, e dos de baixo em geral, enquanto se refestelam na companhia da elites dominantes e exploradoras.

    Devemos ter orgulho de ter travado o bom combate - e vocês têm razão para isso. Se não conseguiram hoje arrancar as conquistas a que têm direito legal ou legítimo, não tenham dúvida que amanhã vocês reunirão novas forças, pois aprenderam com a experiência que tiveram a conhecer os pontos fracos dos algozes - e até mesmo as nossas falhas. E antes que o governo assuste vocês se erguerão novamente, de punho cerrado e prontos para arrancarem na luta todos os direitos a que fazem jus.

    Procurem descansar agora um pouco, mantenham-se em contato entre os que lutaram, compartilhem sua experiência com os alunos, sempre apontando a luta como o único caminho digno para as conquistas, mesmo quando, como neste caso, nem sempre estas conquistas são arrancadas naquele momento. Nossa luta é um processo que não para, porque ela é a força e a energia da nossa vida. Sem luta, não há sonho; sem sonho, não há vida.

    Um forte abraço aos companheiros e companheiras de Monlevade. Vocês tiveram a mais linda conquista, que foi a capacidade de lutar. E por isso têm o nosso respeito e a nossa admiração. E nós da rede estadual de Minas, vamos continuar a nossa luta, inclusive em nome de vocês, porque a nossa conquista será a conquista de vocês também. E de todos aqueles que lutam, em todo o Brasil.

    Um forte abraço à companheira educadora Kátia e a todos e todas os / as combatentes educadores / educadoras de João Monlevade. Vocês merecem os parabéns e o profundo respeito dos educadores e dos alunos e de toda comunidade, de Monlevade e do Brasil!


    FONTE: http://blogdoeulerconrado.blogspot.com/

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  2. Você falou uma coisa muito importante: "perseguir indefinidamente um futuro de desenvolvimento que nunca chega. É uma pena o pouco valor que a educação tem em nosso país. E o equívoco atual de confundir qualidade com quantidade (estou falando do tempo em que o aluno passa nas escolas atualmente). Até nas férias as escolas estão ficando abertas....
    Abraços

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