sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Costa Concordia

O episódio do semi-naufrágio do supernavio Costa Concordia poderia ser mais um daqueles casos de piada pronta, se não houvesse ocorrido a perda de vidas humanas, além da situação de verdadeiro terror vivenciada pelos sobreviventes.
Quando tive conhecimento das primeiras notícias a cerca do ocorrido, pensei em duas hipóteses. A primeira de que o navio teria perdido o leme ou os motores, ficando a deriva, até a maré levá-lo a colidir contra os rochedos. A segunda de que a tripulação da ponte de comando, o que inclui o comandante, estaria, completamente, bêbada ou coisa que o valha, o que teria concorrido para imensa navalhada.
O mais espantoso, no entanto, não foi ver a imagem daquele colosso ultramoderno tombado no mar, mas sim descobrir que o comandante foi um dos primeiros a abandonar a embarcação e que, posteriormente, desmentiu sua covardia, alegando que, com a abrupta inclinação do navio, teria caído de uma janela da ponte de comando, dentro de um bote salva vidas. Dá pra acreditar?
O caso reuniria todas as condições para ter ocorrido em águas Brasileiras, numa embarcação brasileira, comandada por um brasileiro, se não fosse apenas um detalhe: o responsável está preso.
Aqui, em terras tupiniquins, aviões caem, matando dezenas; rodovias matam centenas, um Morro do Bumba soterra e extermina um bairro inteiro em Niterói, mata-se em grande quantidade e de todas as formas possíveis e impossíveis e ninguém é responsabilizado.

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