Falar de cultura, nesta terra de Jean Antoine, é coisa de partir o coração. Esta cidade viveu seu apogeu cultural, na João Monlevade de Louis Ensch, de Joseph Hein e de tantos outros, quando a Belgo Mineira não apenas produzia o aço, mas também atuava como verdadeira força motriz da cultura monlevadense, em todos os aspectos.
Naqueles idos, por exemplo, João Monlevade cultivava uma cultura de ordenamento e planejamento urbanos, que se materializou com a implantação da primeira Vila Operária do país. Existia uma cultura de segurança alimentar, representada pelo Lactário mantido pela Usina. Nas arte, florescia o neoclássico monlevadense, dominando a arquitetura da Praça Ayres Quaresma, da Igreja Matriz de são José do Operário e de outros monumentos. Havia cinema! Havia também a cultura do respeito e de uma educação mais voltada para o civismo, que era irradiada pelo Colégio Estadual. E por toda parte que se olhava, percebia-se o cultivo de alguma cultura que moldava a forma de ser e a identidade do monlevadense e inceria a cidade num contexto de progresso e de desenvolvimento humano.
De lá pra cá, a medida em que o crescimento econômico impulsionado pela siderurgia permitiu ao Município se firmar como cidade-pólo, sobretudo, no ramo do comércio e da prestação de serviços, a Usina, foi, naturalmente, abandonando seu papel de “tutora cultural” desta terra e os governos locais, a quem caberiam o dever civilizatório de manter viva e pujante a cultura até então conquistada pelo povo monlevadense, não apresentaram sucesso nesta tarefa.
E o que se percebe hoje é que João Monlevade se encontra, em todos os sentidos, numa grande decadência cultural, que em boa medida, pode ser atribuída ao mau uso ou ao mau entendimento dos governantes do que, realmente, venha ser cultura.
A antropologia define a cultura como todo um complexo humano que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Em suma, cultura é tudo que se relaciona com o ser humano. Quem disse que o homem é um ser racional se equivocou. O homem é sim um ser cultural. Existem as culturas que conseguem inserir o homem dentro de um ambiente de racionalidade, o que, definitivamente, não é o nosso caso, pelo menos, não na atualidade. O monlevadense já foi muito mais racional.
Hoje, cultura, em João Monlevade, virou sinônimo de shows de banda de música, aulas de pintura, de violão, de piano, de artesanato e etc. De duas uma: ou confundem o verdadeiro significado do que venha a ser cultura ou se valem da política do pão e circo.
Recentemente, por exemplo, temos vivenciado as duras conseqüências das excessivas chuvas deste verão, que, na verdade, nada mais são do que o resultado da falta de ordenamento e de planejamento urbano. Ora, se no passado, planejamos a Vila Operária, por que não podemos estender este processo racional, que deveria fazer parte de nossa cultura, para toda a cidade?
Monlevade já viveu uma era gloriosa de uma cultura racional voltada para o progresso e para o desenvolvimento humano. A interrupção na manutenção e no cultivo desta cultura estão nos fazendo involuir no processo civilizatório, iniciado há décadas pelos patronos desta cidade. Estamos retrocedendo a roda da nossa História.
Naqueles idos, por exemplo, João Monlevade cultivava uma cultura de ordenamento e planejamento urbanos, que se materializou com a implantação da primeira Vila Operária do país. Existia uma cultura de segurança alimentar, representada pelo Lactário mantido pela Usina. Nas arte, florescia o neoclássico monlevadense, dominando a arquitetura da Praça Ayres Quaresma, da Igreja Matriz de são José do Operário e de outros monumentos. Havia cinema! Havia também a cultura do respeito e de uma educação mais voltada para o civismo, que era irradiada pelo Colégio Estadual. E por toda parte que se olhava, percebia-se o cultivo de alguma cultura que moldava a forma de ser e a identidade do monlevadense e inceria a cidade num contexto de progresso e de desenvolvimento humano.
De lá pra cá, a medida em que o crescimento econômico impulsionado pela siderurgia permitiu ao Município se firmar como cidade-pólo, sobretudo, no ramo do comércio e da prestação de serviços, a Usina, foi, naturalmente, abandonando seu papel de “tutora cultural” desta terra e os governos locais, a quem caberiam o dever civilizatório de manter viva e pujante a cultura até então conquistada pelo povo monlevadense, não apresentaram sucesso nesta tarefa.
E o que se percebe hoje é que João Monlevade se encontra, em todos os sentidos, numa grande decadência cultural, que em boa medida, pode ser atribuída ao mau uso ou ao mau entendimento dos governantes do que, realmente, venha ser cultura.
A antropologia define a cultura como todo um complexo humano que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. Em suma, cultura é tudo que se relaciona com o ser humano. Quem disse que o homem é um ser racional se equivocou. O homem é sim um ser cultural. Existem as culturas que conseguem inserir o homem dentro de um ambiente de racionalidade, o que, definitivamente, não é o nosso caso, pelo menos, não na atualidade. O monlevadense já foi muito mais racional.
Hoje, cultura, em João Monlevade, virou sinônimo de shows de banda de música, aulas de pintura, de violão, de piano, de artesanato e etc. De duas uma: ou confundem o verdadeiro significado do que venha a ser cultura ou se valem da política do pão e circo.
Recentemente, por exemplo, temos vivenciado as duras conseqüências das excessivas chuvas deste verão, que, na verdade, nada mais são do que o resultado da falta de ordenamento e de planejamento urbano. Ora, se no passado, planejamos a Vila Operária, por que não podemos estender este processo racional, que deveria fazer parte de nossa cultura, para toda a cidade?
Monlevade já viveu uma era gloriosa de uma cultura racional voltada para o progresso e para o desenvolvimento humano. A interrupção na manutenção e no cultivo desta cultura estão nos fazendo involuir no processo civilizatório, iniciado há décadas pelos patronos desta cidade. Estamos retrocedendo a roda da nossa História.
concordo quando voce diz que:Hoje, cultura, em João Monlevade, virou sinônimo de shows de banda de música, aulas de pintura, de violão, de piano, de artesanato e etc. De duas uma: ou confundem o verdadeiro significado do que venha a ser cultura ou se valem da política do pão e circo. Mas, vale lembrar que essa situação é vivenciada aqui na terrinha desde os anos 80. ou seja,a coisa já vem caminhando desde a muito tempo. tempo esse que caracteriza nossa cidade como um lugar sofrível para os amantes da cultura.
ResponderExcluirConcordo. Em uns com mais intensidade do que em outros. Foi por isso que escrevi “governos”, no plural.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Fernando Garcia