Há poucos dias, postei, aqui no blog, uma opinião, baseada em decisões passadas do TER de Minas, a respeito da probabilidade da cassação de Prandini, em segunda instância, o que gerou um debate acalorado com o assessor de comunicação da Prefeitura, Marcos Martino. Como o julgamento deverá ocorrer não próximos dias, quem sabe, hoje ou amanhã, vamos deixar o tempo decidir as coisas. No entanto, vou me permitir analisar, com a legitimidade de quem participou, ativamente, do processo, aquilo que já é fato consumado: a cassação em primeira instância.
Fui o Representante Jurídico e advogado da campanha de Prandini. Além de toda a burocracia envolvendo registros de candidatura e expedientes eleitorais, nos 90 dias de campanha, movi quase 40 processos judiciais, como o objetivo de buscar um processo eleitoral mais isonômico, no qual a vontade do eleitor não se deixasse seduzir, tão facilmente, diante dos abusos do poder econômico.
Findo o processo eleitoral, como advogado, obviamente, me atinou a questão da Prestação de Contas. Então pensei: nos próximos dias, o coordenador da campanha, Emerson Duarte, deve convocar uma reunião, entre o jurídico e a contabilidade para análise das contas da campanha. Ledo engano. Aquilo que, hoje, defino como Pacto Umbilical já havia sido instituído. O prefeito já estava isolado em sua casa, tal qual ocorre, hoje, na Prefeitura. Para se ter uma idéia, o prefeito somente veio a reunir seu partido, o PV, um mês depois da vitória nas urnas. Diante dos acontecimentos que passaram a revelia do PV, tais como a definição de nomes para o secretariado, o partido procurou se reunir, o que foi, prontamente rechaçado pelo prefeito. Na primeira e já tardia reunião, o PV confeccionou uma lista de nomes para ocupar o primeiro escalão do governo, que foi encarada pelo prefeito como verdadeira afronta. Em outras palavras, o Pacto Umbilical já havia se tornado maior do que o partido e do que todos. Posteriormente, ainda preocupado com Prestação de Contas, tentei procurar o prefeito, que não me atendeu.
A cassação de Prandini foi fruto da opção que o coordenador de campanha teve de não submeter as contas da campanha à discussão e do isolamento do prefeito que se tem verificado, desde a vitória nas urnas. Mesmo que depois de discutida, ainda houvesse erros nas contas, pelo menos erraríamos todos juntos. É a prova de que o Pacto Umbilical já nasceu errático.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tudo bem Fernando. Mas veja bem: se você não concordava desde o começo com o modelo de gestão administrativa, por qual razão aceitou um cargo de confiança no governo? Ficou meio contraditório isso aí...
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirCaro Xará, as coisas não são tão simples assim. Primeiro que, naquele momento, eu não poderia jogar fora três anos de trabalho. Como já disse em outras postagens, empenhei três anos de minha vida para que Prandini fosse eleito prefeito, sem cobrar um tostão. Segundo foi a danada da esperança. Não só eu, mas vários outros companheiros, tínhamos a esperança de que quando Pandini assumisse o cargo de prefeito, as coisas poderiam mudar, o que não aconteceu. Fiquei no Governo de Janeiro à Maio de 2009, quando tive a certeza que o Pacto Umbilical era maior que tudo e todos. Esperei apenas a dota d água para sair do governo e ela se concretizou quando, dentro de seu gabinete, apesar de toda a contribuição e fidelidade que empenhei, em três anos de luta, Prandini virou pra mim na maior naturalidade e afirmou que não confiava em mim. Então, eu disse que ele deveria ter me dito aquilo em 2004, quando então me filiei no PV e pedi exoneração. Naquele momento percebi que era o momento de sair, independentemente, dos anos de luta.
ResponderExcluirFernando F. Garcia
É FERNANDO... a história se repete..o pé na bunda, vc também levou;só mudaram os atores..o que era história de 3 anos virou estória..mas deixe de melindre.. os dias do prefeito maluquinho estão contados...
ResponderExcluire nós... estamos contando..
apesar de não ser partidária como vc que depositou toda sua confiança num SER que quer parecer imortal, tenho que admitir...vc também acerta!
BOA SORTE NA PRÓXIMA ESCOLHA PARTIDÁRIA! VC É NOVO..VAI APRENDER!!!
eu já esperava esta tal FIDELIDADE UMBILICAL à família (prandini) e também ao duarte.
ResponderExcluiro que me surpreendeu é que ele retirou todo o pessoal que foi o braçoa direito dele na campanha, em toda a campanha. me enoja ter um ser tão despresível como dirigente do município.
espero que justiça seja feita como nas outras cidades, mas principalmente com a sujeirada pós campanha. que diga a outra ala do pt que não pegou nem resfriado. e olha que trabalharam. que decepção.
parabenizo pelo seu CARÁTER. é o que eles precisam ter.
Qual foi mesmo o motivo do seu desligamento do governo Fernando? Será que não tem nada a ver com um probleminha com a mãe de alguém que voce mandou enterrar em cova provisória para depois trocar na segunda, porque ela morreu no fim de semana e você como chefe no cemitério estava com a chave e não quiz ir lá... pimenta no olho dos outros é refresco...
ResponderExcluirA pessoa aí de cima tem razão, Fernando, lembro-me deste episódio. Admiro muito você e seu trabalho, mas naquela você errou e feio. Tudo bem, errar é humano, um grande abraço.
ResponderExcluirA verdade é que enquanto o Prefeito Prandini, ou Gustavo para nós que o conhecemos, ficar sendo um verdadeiro FANTOCHE desse pseudo jornalista, pseudo marqueteiro, pseudo monlevadense e itabirano, pseudo "amigo" e aliado do prefeito, ele vai continuar demonstrando fraqueza e despreparo...ACORDA GUSTAVO
ResponderExcluirEsse pseudo tudo é tão interessado no nosso município que o IPVA que ele paga do seu veículo SIENA PRETÃO vai para o município de BETIM. Grande contribuição que o sr "assessor" de (des)governo dá ao município para aumentar a arrecadação...... ACORDA GUSTAVO
ResponderExcluirBoa oportunidade para ser explicada a questão do cemitério. Naquele dia, pretendiam realizar um sepultamento e não sabiam qual era o túmulo da família. Possuíam um documento de concessão de jazigo emitido há mais de 30 anos, que não constava o número da sepultura. Nestes casos, o sepultamento deve ser feito na sepultura específica da prefeitura, que existe para esse fim. Não é uma sepultura de indigentes. É uma sepultura de alvenaria, com tampa, toda certinha. E, depois de solucionado o problema, haveria o translado para a sepultura correta. É norma do cemitério não abrir sepulturas sem a apresentação do documento regular de concessão . Senão, quem responde pelo crime de violação de sepultura é a Administração de Cemitério. Cemitério é coisa seríssima. A família teve 30 anos para regularizar a situação do documento e, literalmente, na hora da morte vem querer resolver tudo com desrespeito ao cemitério, violência e ameaça de morte à minha pessoa. De forma, que é de praxe e necessário realizar sepultamento no jazigo provisório de Prefeitura, quando há irregularidade na documentação. Se o cemitério fosse informatizado, tal situação seria desnecessária. E uma de minhas medidas junto ao cemitério do Baú foi de informatizá-lo. Por isso pedi que fosse construído um escritório lá, que hoje fica ao lado da sala de necropsia.
ResponderExcluirO tal filho da falecida chegou a ponto de afirmar que “depois do enterro, eu vou lá na sua casa te matar”. Não tolero ameaça de morte, principalmente, no local de trabalho. Assim, acionei a polícia, até para me resguardar caso tivesse que me defender de uma tentativa de homicídio, e fui para casa aguardar o cidadão. As pessoas confundem as razoes que motivaram minha saída da administração por ela ter se dado logo após ao incidente do cemitério do Baú. Na verdade, correu que, logo após o caso, o prefeito me chamou em seu gabinete. Eu apresentei minhas razoes, na presença de Emerson Duarte, Bastieri e do próprio prefeito e, posteriormente, pedi para conversar a sós com o chefe do Executivo. A conversa foi exatamente sobre a minha insatisfação com o rumo que o governo estava tomando, ou seja, me coloquei contra o Pacto Umbilical, a falta de informação, participatividade e hermeticidade da administração , foi quando o prefeito disse que então não confiava em mim. Então pedi exoneração.
CEMITÉRIO COISA SERÍSSIMA, FERNANDO? PARA QUEM?
ResponderExcluirESSE PREFEITO MALUQUINHO DEIXOU A VER NAVIOS ESSA"seriedade"...olha como está seu estado..olha que está ao lado da UEMG.. OS ESTUDANTES ESTÃO VINDO DE TODA PARTE DE PAIS E ENCONTRANDO ESSE CENÁRIO LASTIMÁVEL...
MONLEVADE DÁ VERGONHA LÁ FORA...
Vai fazer o q da vida agora? Como vc se sustenta? Postando blogs?
ResponderExcluir