Tenho recebido vários emails, nos quais sou indagado sobre a inércia do governo. Diante de disso, peço licença ao leitor para republicar uma postagem antiga, o que faço com algumas pequenas atualizações:
É notório o marasmo que afeta a administração Prandini. Muitos creditavam a apatia do governo ao clima de incerteza imposto pelo processo de cassação do prefeito no TER de Minas. No entanto, o fantasma da cassação já é passado e a explosão de energia que se esperava eclodir, em conseqüência do resultado favorável na Corte Eleitoral não vingou. As engrenagens da máquina administrativa não giram. Ao que parece, o fantasma da cassação não era o único motivo da paradeira do governo.
Na política, espaço é quase tudo. Aquele que não assume seu espaço fica sem lugar. O espaço é, duramente, conquistado e pode ser, facilmente, perdido. Vejo, hoje, o marasmo do governo como conseqüência de uma ocupação inadequada e oportunista de vários espaços políticos, salvo raras exceções. O sentimento político que se tem da administração é que a Prefeitura parece um navio sem rumo, sem leme e sem timoneiro. Não há um norte. Não há uma linha ou um paradigma de governo. Não há uma trilha a ser seguida. Ou seja, não há liderança. O que se vê é um vácuo primário de comando.
Quando não se vê surgir em um governo uma liderança que estabeleça o norte e o paradigma administrativo, o que se tem é um grande espaço aberto que, em se tratando de política, é imediatamente ocupado por tantos quanto possam, conforme os ditames dos interesses pessoais e das oportunidades. O que ocorre é que o lugar político que deveria ser ocupado pelo líder tem se fragmentado em vários outros pequenos espaços que são, prontamente, disputados por vários outros indivíduos, gerando uma confusa situação de luta pelo poder de mando, na qual todo mundo dá ordem e ninguém obedece. Uma das principais causas da letargia que, notoriamente, afeta a administração Prandini é a falta de um líder que coloque, com justiça, cada qual em seu devido lugar, agregando forças, trilhando um caminho a ser seguido por todos e estabelecendo o paradigma do governo, de modo a impedir que os desmandos e os orgulhos pessoais se aflorem num verdadeiro caldeirão de vaidades, onde ninguém se entende e todos querem mandar. Enquanto não houver um líder que aponte o norte, o que se verá é o que se tem visto: muito cacique pra pouco índio e, consequentemente, muita confusão, muita intriga, muita vaidade, e muito marasmo e ineficiência. O líder é aquele que agrega forças. Sinergia é a palavra.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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Diário Oficial publica decreto que proíbe nepotismo
ResponderExcluirDecreto publicado na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União proíbe o nepotismo em todas as entidades e órgãos públicos do Poder Executivo Federal. A medida vale para familiares do presidente da República, do vice-presidente, dos ministros, de autoridades administrativas e de ocupantes de cargos de confiança de direção, chefia ou assessoramento.
O decreto Nº 7.203, que entra em vigor imediatamente após a sua publicação, proíbe as contratações, nomeações ou designações de cônjuges, companheiros ou parentes em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau. As funções incluídas na medida são cargo em comissão ou função de confiança, atendimento a necessidade temporária de excepcional interesse público e estágio.
O texto prevê uma exceção para a contratação de familiares para atendimento a necessidade temporária ou estágio, desde que haja processo seletivo que assegure o princípio de isonomia entre os concorrentes.
FERNANDO, COMO VC EXPLICA ISSO EM SE TRATANDO DA PREFEITURA DO PV? SÃO VÁRIOS CASOS REAIS E INCLUSIVE CONTRATAÇÃO DE PARENTES POR MEIO DE CONSULTORIA
dr. Fernando: quer conhecer um homem dá poder a ele.
ResponderExcluirvamos ver na proxima eleição.
o prefeito Prandini e seu fiel escudeiro num tá nem aí pra nepostismo
ResponderExcluirFernando, há um ditado que se aplica bem a este seu texto: "Ninguém dá aquilo que não tem."
ResponderExcluirÉ o que estamos vendo...