sábado, 19 de junho de 2010

Querido Marcos Martino,

Como se vê, assessor de comunicação da prefeitura, Marcos Martino, contrariando a compostura mínima esperada de alguém que ocupa o cargo que lhe foi atribuido no governo, resolveu voltar à blogosfera, com sua velha verborragia ilegítima de outrora, ingenuamente, se pronunciando sobre aquilo que não sabe ou que não tem conhecimento. Já opinei outras vezes e volto a dizer: assessor de comunicação é para comunicar, não lhe cabendo o papel de moderador de blogs. Mesmo assim, como o dia está, belamente, ensolarado e, como sempre, estou de muito bom humor, vou interromper minha leitura de sábado para esclarecer ao Martino algumas questões que ele próprio desconhece, já que não participou do movimento político-partidário que elegeu seu atual patrão:
Eu também poderia acusá-lo, Marcos Martino, de integrar uma certa corja, que poderia ter denominações variadas do tipo: a Nova Corja , a Corja de Hienas, a Corja-Mor, a Corja Mais e Melhor ou a Corja de Judas. Contudo, não o farei por um motivo simples. O substantivo “corja” deve ser empregado como o coletivo de vários indivíduos, que apresentam determinada característica e como sei que o governo é comandado por apenas dois indivíduos, o emprego do termo seria, gramaticalmente, inadequado, o que não posso admitir.
Quando me classifica como vira-folhas, gostaria de esclarecer que continuo fiel as minhas convicções e à meus ideais. Continuo na busca por uma Monlevade mais próspera e mais desenvolvida. A bem da verdade, Marcos Martino, quem virou a folha foi o seu patrão. Como já é proverbial na cidade a máscara de Prandini caiu. Gustavo Prandini prometeu instituir um governo aberto, sensível aos partidos, com participação das bases e do povo. Prometeu avanço, crescimento e desenvolvimento. Era este o projeto. E foi por isso que eu e vários companheiros nos envolvemos. Contudo, uma vez eleito por nós, Prandini se isolou no gabinete e delegou o poder das urnas a outro que não possui, sequer, legitimidade para tal, subtraindo de, praticamente, todos os companheiros de luta a oportunidade de participar, efetivamente, do governo. E o que se vê hoje é o governo mais fechado e hermético da história de Monlevade, que por tal razão, apresenta-se insensível às verdadeiras demandas do povo. Vencemos uma verdadeira guerra, contra tudo e contra todos, para participarmos de um governo e não para sermos empregados da Prefeitura. Vira-folhas é o Gustavo Prandini que nos prometeu um governo moderno e, após eleito por nós, instituiu uma administração arcaica, com vergonhosas praticas de nepotismo. Um governo obscuro que se nega à transparência, que oculta documentos de vereadores. Um governo do faz e desfaz, do vai e volta, sem qualquer planejamento. Um governo que não encara a realidade e não está pronto a ouvir a verdade. Um governo que subestima a boa-fé e a inteligência do povo. Um governo que está levando Monlevade ao retrocesso.
O que me fez envolver na política, Marcos Martino, foi acreditar que Monlevade poderia ser muito mais do que era. Foi olhar para a administração passada e enxergar que ela parecia aquém do que o Município merecia. Então, apareceu um jovem advogado que se colocou na posição de líder daqueles que pensavam como eu, prometendo que poderia fazer mais e melhor. Apoiei Prandini, até trinta dias depois do resultado do TRE que o confirmou no cargo, prazo que julguei suficiente para que mudanças profundas e estruturais ocorressem no governo, para que o projeto político original fosse executado. O histórico do Monlewood confirma isso. Como as mudanças não vieram e como estou certo de que não virão, não coaduno com este governo. Este não é o governo que pretendíamos para Monlevade. Percebo, hoje, que o governo Moreira foi ,infinitamente, superior ao de Prandini em quase todos os aspectos. Acredito que aquele nosso projeto político de desenvolvimento e renovação não está morto e, se depender de mim, não morrerá com Prandini. Más, se no futuro e, mesmo hoje, eu tiver que escolher entre Moreira e Prandini, fico com o primeiro. Moreira tem os seus problemas, mas é líder, tem palavra, valoriza os seus pares e durante seus 8 anos de governo, Monlevade experimentou sucessivos aumentos no investimento em educação, diferentemente de Prandini, que na primeira oportunidade que teve, reduziu os investimentos no setor. Pra mim, esta é a maior prova de que Prandni não passa de uma promessa vazia. Como executar um projeto político voltado para a mudança e para o desenvolvimento, preterindo a Educação? Como? Já cansei de escrever aqui no Monlewood que a Educação é a saída para todas as nossas mazelas. Somente entre 2006 e 2008, Moreira aumentou o investimento na educação de Monlevade em R$ 6 milhões, mantendo uma média de aumentos, ano a ano, de R$ 2,5 milhões, durante todo o seu governo. Só por esta razão, fico com o projeto de Moreira.

3 comentários:

  1. Entre o Moreira e o Prandini você votaria no Moreira?? Desculpe Doutor, mas o senhor me decepcionou nessa. Quando estava lendo o texto, já esperava a resposta: nenhum. Mas você apoiar alguém que tanto lesou os cofres públicos foi demais, o que aliás foi muito denunciado pelo senhor. Então o senhor legitimaria novo governo naqueles moldes embora tenha tanto combatido a corrupção enquanto ele estava lá? Gostaria que o senhor esclarecesse isso, porque se for mesmo o que entendi, sinceramente o Monlewood deixa de ser leitura diária obrigatória para mim. Espero que tenha sido apenas uma frase dita em um momento de irritação. Saudações.

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  2. Caro leitor, É bom lembrar que o governo Prandini já possui fortes indícios de suposta corrupção. Cito a licitação da Locavia, empresa da coleta de lixo, e a execução de contratos de empresa fornecedora de automóveis para a Prefeitura. Não sou e nunca serei Moreirista. Mas se tiver de escolher entre apenas dois projetos políticos: o de Prandini e o de Moreira. Suspeita de corrupção por suspeita de corrupção, fico com o de Moreira. No entanto, se conseguirmos que aquele projeto de mudança, renovação e desenvolvimento não vá para o buraco junto de Prandini e, se conseguirmos, ainda, que tal projeto desponte no horizonte, novamente, fico com ele. Aliás, estou com ele desde o início.

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  3. Fernando,
    vc cita muito a educação mas,eu que sou da área da saúde fiquei decepcionadíssima com esse governo quando ele diminuiu a receita do PSF... a ATENÇÃO BÁSICA é capaz de resolver 80% dos casos de saúde,foi um retrocesso para saúde,diminuir gastos com a saúde primária...
    QUE TRISTEZA...

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