domingo, 20 de junho de 2010

Quanto Custa Sua Alma?


A vida de pára-quedista não é mesmo fácil. Agora, que o Marcos Martino voltou a se prestar ao papel de Bucha de Canhão do Pacto Umbilical, voltei a ler seu blog, que neste fim de semana, me divertiu bastante. O problema é que como se trata de um forasteiro que, em linguagem futebolística, só chegou a campo na prorrogação do segundo tempo do jogo e, por tanto, não pode saber do que fala, o Martino acaba expondo situações que se contrapõem ao discurso que ele mesmo usa para atacar aqueles que não admitem as injustiças de um governo inoperante e falido, politicamente. O Martino, por exemplo, escreveu um interessante texto em seu blog, intitulado “Quanto Custa Sua Alma?” que, automaticamente, me fez lembrar de seu patrão-mor, o Emerson Duarte. Lembro-me de um jornal de propriedade do Emerson Duarte denominado O Momento, que, logo que foi inaugurado, assumiu uma postura denuncista e aguerrida em relação ao então governo Moreira. Até que, o dito jornal passou a receber publicações da Prefeitura e, na mesma linha do texto do Martino, abandonou aquele perfil editorial aguerrido. Almas são compradas quando estão disponíveis à venda. O pior é usar de almas que nunca cobraram um centavo e lutaram contra tudo e contra todos, em prol de um projeto melhor para o Município e, após alcançadas as ferramentas institucionais para execução de tal projeto, foram descartadas como objetos vãos e desalmados, em nome da vaidade, da soberba, do orgulho e da ganância de alguns, elementos estes responsáveis pela revelação do maior fiasco político-administrativo da história de João Monlevade: O governo Prandini.

2 comentários:

  1. Fernando, eu acompanho seu blog já algum tempo, portanto, percebi sua mudança de postura em relação ao atual governo e também ao governo Moreira. Com o atual, você se diz decepcionado. Mas e quanto ao Moreira? O que aconteceu para você passar a admirá-lo, sendo que há pouco tempo você o denunciou ao Ministério Público?
    Já li aqui no blog várias razões que você expôs para justificar sua saída da Divisão do Meio Ambiente no governo Prandini, mas gostaria, se possível, que você esclarecesse o episódio do cemitério.

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  2. Caro Leitor, no que diz respeito ao trato com a Educação, haja vista os sucessivos aumentos de investimento no setor, pode-se dizer que o governo Moreira teve minha modesta aprovação. Nos outros setores, não. Muito menos quando o assunto foi o trato com o gasto do dinheiro público. Inclusive, o que me motivou a me envolver na política foi, justamente, olhar para o governo Moreira e ver que Monlevade merecia, podia e necessitava de mais. Resumindo, o governo Moreira, a meu ver, foi médio, com graves indícios de corrupção. Não me tornei moreirista. Más, hoje, percebo que o governo Prandini é, infinitamente, pior que o de Moreira, em todos os sentidos, também exibindo indícios de suposta corrupção. Se tiver de escolher, unicamente, entre os dois projetos, ou seja, o de Prendini e o de Moreira, fico com o de Moreira. Não acredito naquela história de político que rouba mas faz. Se algum dia chegarem às minhas mãos provas concretas de corrupção, mesmo que do governo Prandini, tenha certeza que as encaminharei ao Ministério Público. Quanto ao episodio do cemitério, vou esclarecê-lo, novamente.
    Pois bem, naquele domingo, um certo cidadão procurou o cemitério do Baú, a fim de proceder ao enterro de seu mãe. No entanto, ele possuía um documento de concessão de sepultura, emitido há 20 anos pela Prefeitura, que não continha o número ou a identificação do túmulo. E nem sabia ele onde se localizava o túmulo. Nestes casos, por regra do cemitério, o enterro deve ser realizado, provisoriamente, numa sepultura da Prefeitura destinada, exclusivamente para este fim. Trata-se de uma sepultura de alvenaria, certinha, com tampa e tudo mais que existe em ambos os cemitérios. O cidadão teve 20 anos para regularizar o documento, mas, literalmente, na hora da morte quer que se resolva tudo. Sem a apresentação do documento regularizado não se pode abrir túmulo, sob o risco de se incorrer no crime de violação de sepultura. Ele poderia tambem ter apresentado 2 testemunhas que confirmassem a localização túmulo, mas nem ele nem ninguém sabia onde ficava o dito túmulo. Expliquei a situação: que o sepultamento seria realizado no túmulo da Prefeitura e posteriormente, quando identificada a sepultura correta, se realizaria o traslado. Ele, literalmente, me mandou enterrar a minha mãe na sepultura da prefeitura. Eu relevei, porque era uma situação, obviamente, delicada. No entanto, depois dos mais variados insultos- como me lembro bem e tenho testemunhas – ele disse que depois do enterro, iria à minha casa me matar. Isso mesmo: me matar. Ameaça de morte eu não admito nem do Papa. Chamei a polícia e lavrei um BO para me resguardar, porque, caso ele realmente fosse à minha casa, eu agiria em legitima defesa. Na segunda-feira, ele procurou o prefeito e apresentou o seu lado da história. Prandini, então me chamou no gabinete e como é bem do estilo dele, não me deu direito de defesa e me disse coisas que eu nunca ouvi nem de meu pai. Foi, então, que por fim Prandini disse que não confiava em mim. Como eu já estava, completamente, insatisfeito com tudo que já vinha acontecendo, pedi exoneração.

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