Muito se cogita nas rodas políticas monlevadenses a respeito da posição petista em relação a governo Gustavo Prandini. Alguns dizem que o PT está rachado, outros que a ruptura com o governo é eminente e etc. No entanto, a verdade é que, politicamente, Prandini já rompeu com o PT há muito tempo e poucos parecem perceber isso. Eu, particularmente, acredito no PT porque, em oportunidades passadas, nos governos Leonardo e Laércio, o partido demonstrou a capacidade de promover uma administração aberta, democrática, transparente, participativa, planejada e eficiente. É o que eu chamo de Escola Político-Administrativa Petista Monlevadense. Quando vi se formar a aliança PT/PV, em 2008, acreditei que estava diante do melhor de dois mundos. Ou seja, teríamos à frente da Escola Petista, um jovem com sede de mudança, sem as amarras da velha política tradicional e progressista. Mas, infelizmente, não foi o que ocorreu. Uma vez eleito, Prandini se isolou em seu gabinete e deu início a seu império de trapalhadas, virando as costas para tudo e para todos que, acreditando em suas promessas, o elegeram prefeito. E o Partido dos Trabalhadores não fugiu à regra. Também foi traído de várias formas, implícitas e explícitas. Implícita foi quando Prandini não permitiu que, conjuntamente ao PV, o partido implementasse o projeto político que tem para o Município: a chamada Escola Petista. Explícitas foram quando Prandini, sem consultar a base petista, demitiu vários companheiros do PT, não apresentou apoio a candidatos petistas nas eleições para deputado estadual ou federal, fechou a sub-prefeitura do Cruzeiro Celeste e, principalmente, quando, recentemente, apresentou a proposta ultrajante de apenas conceder aumento para o funcionalismo público, mediante a adoção de um estatuto da classe e, consequentemente, a extinção de vários direitos trabalhistas dos servidores municipais. Para aqueles que aguardavam a comprovação final de que o prefeito Gustavo Prandini não possui a menor afinidade política com o Partido dos Trabalhadores, o momento é agora. Um partido que nasceu da luta pelos direitos dos trabalhadores não pode continuar de joelhos diante desse prefeito esquizofrênico e mentiroso.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
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Caro Fernando, acho que até que enfim encontrei o jeito de fazer comentário no seu blog. Vc escreve coisas muito importantes e inteligentes e que suscitam comentários tão logo sejam lidas.
ResponderExcluirQuanto à postagens Carta do PT aos servidores e esta, não existe uma certa ambiguidade já que o Partido é Governo? Ou será que existe mais de um PT?
Pois é mesmo! Ate que me fim um comentário do colega. Teotino, a questão aqui é identificar se o PT é governo ou não. Como já escrevi antes, ser governo é participar das tomadas de decisões político-administrativas, o que nunca foi permitido ao Partido dos Trabalhadores por essa administração. Não diria que existem dois PTs. Mas existe sim uma enorme e crescente insatisfação dentro do partido em relação ao governo Prandini. Ou seja, a cada dia, apesar das pressões que vêem do gabinete prandinista, o partido tem entendido que governar é muito mais do que ocupar cargos na Prefeitura e que a afinidade política que parecia existir entre PV e PT não passara de um engodo. E esta situação, por incrível que possa parecer para alguns, tem colaborado para o fortalecimento da unidade do partido.
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelo comentário, sempre.