segunda-feira, 24 de junho de 2013

...É como se o Dono da Enscon Ganhasse na Mega-sena Todo Ano

Em reunião do CMT, Mauro Lara, o dono da Enscon, alega que sua empresa tem 90% de aprovação popular.  

A Caixa Econômica Federal informa que a probabilidade de se ganhar na Megasena é de uma, em 50 milhões. Considerando-se o alto preço da passagem, um Conselho Municipal de Transporte (CMT) curvado aos interesses da empresa, uma planilha obsoleta, pouco transparente, com a qual o empresário ganha de todas as forma possíveis e impossíveis, fraudes e direcionamentos em processo licitatório, ausência de fiscalização efetiva sobre a prestação do serviço, demissão de trocadores e etc, estima-se que o dono da Enscon, Mauro Lara, estaria lucrando a incrível soma de 10 milhões de reais por ano, aqui em João Monlevade.
É como se o Mauro Lara, ganhasse na mega-sena acumulada todo ano.
Como já dito, é óbvio que o empresário deve lucrar. Do contrário não haveria interesse privado na prestação do serviço. Mas, o lucro, por se tratar de prestação de serviço público essencial, diretamente, ligado ao direito constitucional de ir e vir, deve ser razoável e limitado por um teto, vinculado à taxa de juros Selic (hoje em 8% ao ano), o que não ocorre em João Monlevade.

domingo, 23 de junho de 2013

Agradecimento ao Sr. Rômulo Lopes (filho do pastor Carlinhos)



O Grupo Transparência Monlevade agradece ao Sr. Rômulo Lopes, filho do ex-presidente da Câmara, Pastor Carlinhos, e a todos os que patrocinaram a faixa que foi levada ao movimento deste sábado, alegando que nosso grupo não os representa. Sr. Rômulo Lopes, de fato nosso grupo NÃO REPRESENTA:
- Os políticos profissionais que buscam tirar proveito desta cidade; 
- Os que malversam o dinheiro público;
- Os que desrespeitam a população; 
- O coronelismo que teima em exercer o controle político-ideológico; 
- Os gestores improbos e imorais; - Aqueles que entendem que a política deve servir somente aos propósitos do seu umbigo; 
- Aqueles que acham que a política existe para satisfazer seus mimos e caprichos; 
- Os que se comprazem com o exercício do poder ou que deles se usurpam a fim de sustentar suas vaidades.
Enfim, NÃO REPRESENTA todos aqueles que não estão alinhados ao bem comum! Com pesar, concordamos com sua faixa.

Luis Cládio Oliveira, Transparência Monlevade.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Por Dentro dos Protestos

Os protestos continuam. Desta vez, os manifestantes se reuniram na Praça do Povo e seguiram para a Câmara de Vereadores, que se encontrava em sessão plenária, e lotaram as galerias do Legislativo, empunhando faixas, cartazes e entoando palavras de ordem.
São, em sua grande maioria, estudantes entre 16 e 25 anos de idade, filhos desta nova classe média brasileira que tem emergido nestes últimos 10 anos. São jovens, completamente, avessos a qualquer partido político e formam sua opinião através da internet, por meio das redes sociais.
Como nos demais movimentos similares que ocorrem país afora, o pano de fundo para a deflagração dos protestos foi o alto preço e a péssima qualidade do transporte coletivo. Mas, os manifestantes também reclamam por representatividade junto aos governantes, por mais qualidade dos serviços públicos em geral e contra o fisiologismo e a corrupção na administração pública, contra todo o sistema político-partidário que, historicamente, tem vigido neste país, contra a manipulação da mídia, além de também reivindicarem vários outros direitos difusos.        
Diferentemente dos protestos ocorridos na segunda-feira, infelizmente ontem, depois das manifestações na Câmara, houve a ocorrência de alguns atos de vandalismo na porta da Prefeitura.
Foram episódios isolados que não se justificam, mas que podem ser explicados pela demora e pela inabilidade do Sr. presidente da Câmara, Guilherme Nasser, do Sr. prefeito municipal, Teófilo Torres, em apresentar respostas concretas ao movimento.
Apesar de os protestos serem dirigidos a toda uma sistemática difusa de direitos, o estopim do movimento se encontra no alto preço da passagem de ônibus, historicamente, praticado em João Monlevade. E a redução desta tarifa é um ato que já acalmaria os ânimos dos mais exaltados e que só o prefeito pode promover.
No entanto, ao invés de ouvir as vozes das ruas, o Sr. presidente da Câmara, por exemplo, cometeu o erro de, nos bastidores, tentar partidarizar os protestos, buscando blindar a figura política do prefeito, na medida em que buscou embutir no movimento a idéia falaciosa que o nome de Teófilo Torres não deveria ser citado nos protestos  já que, como tentou fazer crer, a manifestação deveria ser apenas de caráter nacional, sem abarcar questões municipais. Subestimou a inteligência dos manifestantes.
O que se viu na Câmara ontem foi a completa execração tanto do nome do prefeito quanto de Guilherme Nasser (vejam os vídeos).  

Da próxima vez, senhores, ouçam as vozes das ruas.     

terça-feira, 18 de junho de 2013

Protestos






































A exemplo do que tem ocorrido Brasil a fora, as ruas de Monlevade, ontem,  foram palco de uma dos maiores protestos de sua história.
Munidos de cartazes, faixas, mega-fones e muita atitude, cerca de mil jovens se reuniram na Praça do Povo e de lá saíram pelas ruas do centro da cidade, protestando contra o alto preço da passagem do transporte coletivo, contra a corrupção, contra a falta de atendimento na Saúde Pública, contra os baixos investimentos em educação, contra os desmandos e a paralisia do governo Teófilo/Moreira/Laura e contra tudo mais que consideram estar errado em João Monlevade e no Brasil.

Muitos daqueles jovens ainda não se deram conta, mas as manifestações de ontem se caracterizaram como uma nova forma de se fazer política, que é canalizada e organizada pelas redes sociais, chegando às ruas, na maioria dos casos, com aversão aos partidos políticos.        

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Espernear-se Entre Folhas de Jornais

Muito difícil é cobrar de alguém algo que ele não possui. Há alguns anos o Supremo Tribunal Federal cometeu uma imensa confusão ao definir que o diploma de jornalismo não deva ser obrigatório para o exercício da profissão. Naquela ocasião o Supremo confundiu liberdade de imprensa com qualificação profissional.
Ao ler a coluna Emporium da edição de hoje do jornal A Notícia, vejo que o colunista segue na malfada estratégia da falácia e da inversão de valores, pelo simples fato de não saber, de não querer ou de não ter aprendido a fazer diferente. Jornalismo é coisa séria! A verdadeira Imprensa é uma das bases do Estado Democrático. Alias a melhor definição Jornalismo, a meu ver, é a do escritor, conterrâneo de Mittal, George Orwell: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade.”
Toda a falácia ad hominem, isto é, aquele engodo de argumento que é proferido no sentido de se buscar negar uma proposição com ataques a pessoa de seu autor e não a seu conteúdo, proferida naquele texto apenas revela aquilo que já esclareci ao próprio articulista, em telefonema raivoso que recebi dele, na semana passada: seria, extremamente, fácil para mim tecer inúmeros adjetivos sobre a sua pessoa, mas não o farei, porque um erro, simplesmente, não justifica o outro e porque também não me rebaixarei a seu patamar. Não perca tempo discutindo a pessoa “Fernando Garcia”, discuta minhas idéias. Apresente seus argumentos lógicos contra aquilo que escrevo, se é que os tem.
O fato é que a Mídia Monlevadense, através dos Blogs e do Facebook, tem se modernizado, não apenas sob o ponto de vista tecnológico, como também de seu conteúdo, quebrando paradigmas atrasados e retrógados, até então em vigor. Paradigmas estes que se colocam como o cerne do atual atraso monlevadense.
E neste contexto, para aquele que vê diante de si o desabamento de um castelo de cartas montado, ao longo de anos, em cima da falácia, da inversão de valores e de muita benesse por parte dos poderosos da vez, restam apenas duas opções: modernizar-se, se for capaz, ou espernear-se, como se viu hoje.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Mittal: Redoma de Cristal em Folhas de Jornais

Lendo agora a reportagem/crônica especial formulada pelo jornalista Márcio Passos e veiculada na edição de hoje do Jornal A Notícia percebo que o velho dito popular, “quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza” se encontra, cada dia, mais atual.
A verdade é que o dono do Jornal A Notícia tem sido um dos co-responsáveis pela construção desta falácia recente da história monlevadense de que não se pode reclamar ou cobrar nada da Usina, na medida em que, ao longo das últimas duas décadas, vem embutindo no perfil editorial de seu impresso a idéia de que a Usina deve ser colocada dentro de uma redoma de cristal.   
E agora, ler um texto escrito pelo jornalista, no qual o mesmo reclama, justamente, do distanciamento da Usina nas relações com a comunidade é algo de causar espanto.
Certamente, não deva existir, aqui em João Monlevade, ninguém que, em sã consciência, seja inimigo da Usina.
Se o impresso goza de perfil editorial que o impede de informar sobre determinado tema, desinformar o leitor sobre um assunto tão relevante chega a ser um atentado contra a própria população.
Ao contrário do que alguns tentam marchetar no imaginário da população, nem mesmo o Sindicato deva ser considerado como um inimigo da empresa, pois sem capital não existiria trabalhadores e sem trabalhadores não existiria uma classe operária a se sindicalizar. Ele apenas faz o papel dele.
Nos debates que se iniciaram na internet acerca da nova realidade imposta ao Município pela era Mittal – debates estes que  tem conseguido romper o paradigma de que a Arcelomittal deve ser colocada numa redoma de cristal - ninguém nunca atacou a Usina. O que se tem combatido é a falta de diálogo, transparência e respeito por parte da ArcelorMittal, ao mesmo tempo em que se tem buscado defender o legado deixado por Louis Ensch e chegar a um denominador comum no que concerne a nova super-exploração da Mina do Andrade e seus impactos sócio-econômicos para o Município, o que é justo, legítimo e digno de se fazer a qualquer monlevadense que ame essa terra e que honre a sua história.
A Arcelormittal não está aqui de favor. Ela está aqui pela vocação siderúrgica de João Monlevade e pela viabilidade econômica da Usina, utilizando-se de nossa ferrovia, da água de nosso rio, da energia elétrica de nossas barragens, do minério de nossas montanhas e, sobretudo, do trabalho de nossa gente e de uma cultura de mais de 70 anos de excelência na produção do aço.          
E vamos e venhamos: radical é a drástica redução de postos de trabalho que tem se verificado na Usina, desde o início da era Mittal. Radical é a super-exploração da Mina do Andrade, que tem trazido poluição particulada, danos às vias públicas e mais embaraço ao trânsito monlevadense, ao passo em que mais de 100 carretas carregadas com 40 toneladas de minério de ferro trafegam, atualmente, pelas avenidas do Município, sem qualquer compensação por parte da Arcelormittal. Radical é o risco de esfacelamento do legado de Dr. Louis Ensch e a transformação do Berço da Siderurgia e da Indústria Nacional em um mero entreposto de produção. Radical é a falta de diálogo, transparência e respeito por parte da Arcelormittal em todo esse processo. Radical é a conduta do presidente da Câmara Municipal, o vereador Guilherme Nasser em se recusar, radicalmente, a realizar audiência pública para tratar do tema junto à comunidade. Radical é a postura do Sr. Prefeito municipal, Teófilo Torres, que permanece, radicalmente, inerte diante do assunto.
E atribuir à trajetória de um Sindicato forte e expressivo o fato de a Usina passar, agora, por apenas “meia duplicação” é apenas revelar que não se busca isonomia no ato de informar e a ânsia passional de se colocar a Usina numa espécie de principado, sob a regência de Mittal e apartado de João Monlevade, ainda é uma realidade dura de se vencer por alguns. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Setores da Imprensa Monlevadense se Prestam a Anteparo do Poderoso Mittal II

O indiano Lakshmi Niwas Mittal, presidente da Arcelormittal. Foto: Divulgação

Na semana passada, publiquei aqui no Monlewood uma postagem com o mesmo título que uso, agora, na qual discorri sobre essa prejudicial relação que tem vigorado entre a indiana Arcelormittal e determinados setores da Imprensa Monlevadense, no sentido de se construir e de se divulgar a idéia de que a Arcelormittal deve ser colocada dentro de uma redoma de cristal e isolada dos debates, das cobranças e das responsabilidades que devem ser, naturalmente, colocadas diante de uma poderosa empresa que se dedica à principal atividade econômica do Município e que, portanto, gera conseqüências positivas e também impactos negativos em tudo que realiza em João Monlevade.
E, neste sentido, o que se busca aqui é apenas diálogo, respeito, transparência e, sobretudo, a devida compensação pela nova realidade que a era Mittal tem imposto ao município de João Monlevade, como, por exemplo, a atual super-exploração da Mina do Andrade, mesmo que alguns assim não o queiram e prefiram, sabe-se lá porque, manter o imenso capital estrangeiro dentro de uma confortável e descabida redoma de cristal.
E para mais uma vez exemplificar o que escrevo, vamos voltar à sexta-feira de 26 de abril de 2003, quando o Jornal A Notícia divulgou a manchete “Arcelormittal desmente sindicato sobre duplicação”. Naquela ocasião, o bi-semanário tentou, nitidamente, desqualificar o trabalho que o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmon Metal) vinha realizando junto à comunidade – trabalho esse que deveria ter sido assumido com mais responsabilidade por parte da Imprensa - de informar sobre o novo plano estratégico do grupo siderúrgico que, muito diferente daquele que fora divulgado em 2008, previa apenas a instalação de um novo Laminador que seria provido com o aço bruto vindo do estado do Espírito Santo. “A Arcelormittal negou as informações, desmentindo todas as acusações feitas pelo sindicato”, divulgou o jornal em tom de quem “apontava os dedos” contra um sugerido denuncismo, supostamente, vazio ou alarmista por parte da Entidade de Classe.
Posteriormente, na edição da última sexta feira, valendo-se, inclusive, de um editorial ufanista sobre o tema, o mesmo Jornal A Notícia divulgou a mesma informação que chegou a classificar de “acusações feitas pelo Sindicato” como se fosse, agora, uma “boa notícia”. Isto é a instalação de apenas um novo Laminador, por parte da Arcelormittal, como bem alertou o Sindicato, e a ausência de perspectivas ou de um cronograma para a execução dos investimentos em uma nova Sinterização, um novo Alto-Forno e uma nova Aciaria, como foi previsto em 2008.
Aliás, o que se comenta nos altos escalões do grupo é que nos próximos 5 anos, novo Alto-Forno, Aciaria e etc, só se Mittal vender a Usina.  E a pergunta que fica é a seguinte: considerando que a estimativa de vida útil do atual Alto-Forno não supera os dois anos, estaríamos diante do fim de uma era em que o minério de nossas montanhas não mais seria reduzido em ferro-gusa num Alto-Forno monlevadense e a Usina do pioneiro Jean de Monlevade passaria a ser apenas um entreposto produtivo, com cada vez menos postos de trabalho?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Semana do Engodo Ambiental

Ao contrário da última Semana Mundial da Água, em que não se verificou nenhuma atividade inerente por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), que é comandada pelo exemplar criador de curió, Zezinho Despachante, a corrente Semana Mundial do Meio Ambiente tem sido marcada por vários eventos.
Foram realizadas campanhas de conscientização, distribuição de mudas de Ipê e Pau-Brasil, revitalização de nascentes, encheram a Praça do Povo de balões verdes, etc.
Tudo muito bonito apenas aos olhos de quem esteve lá para ver, pois para o Meio Ambiente Monlevadense, absolutamente, nada mudou. É o que se pode chamar de verdadeiro engodo ambiental ou de meio ambiente para inglês ver.
O Município continua sem perspectivas de implantação de uma coleta seletiva mais ampla e eficiente, a ETE continua inativa e sem cronograma para o início de seu funcionamento, lixo entulho e muita sujeira seguem espalhados por todos os cantos da cidade, o Aterro Sanitário segue mal gerido e com sua capacidade perto do esgotamento, não há políticas públicas voltadas para o controle e a fiscalização da poluição visual, sonora, atmosférica e dos cursos d’água, não há políticas de minimização ou de mitigação das conseqüências do anunciado asfaltamento que se pretende realizar em várias ruas da cidade, a matéria Meio Ambiente continua fora da grade curricular da grande maioria das Escolas Públicas (campanha de conscientização, sem formação, não surte efeito. Estamos há décadas realizando campanhas de conscientização e nada tem mudado), as nascentes continuam a ser tratadas ou conformadas como chafarizes ou coxos d’água, etc.
E este último tema - Nascentes – merece especial destaque nesta Semana Mundial da Água. No panfleto distribuído pela SMMA, contendo o cronograma das respectivas atividades, consta o item: Revitalização da nascente/ Arcelormittal.
Essa nascente (foto acima) se localiza no Av. Getúlio Vargas, altura do Bairro Areia Preta, no sopé do Morro do Julhinho.
Recentemente, funcionários da Arcelormittal estiveram lá (foto abaixo) e, no uso de uma retroescavadeira, retiraram grande quantidade de material que se encontrava numa espécie de coxo d´água que se encontra construído no contraforte da nascente e despejaram todo aquele material, no outro lado da avenida, no barranco (foto abaixo) que desce  para as margens do Córrego Carneirinhos, ou seja, para um área considerada, legalmente, como de preservação ambiental permanente (art. 4°, inciso I, alínea A e seguintes e inciso V do Código Floresta Brasileiro). Na linguagem popular, desvestiram um santo para vestir outro.
Depois, plantaram uma série de plantas ornamentais no entorno da nascente. Segundo o Código Florestal Brasileiro ( art. 4°, inciso IV) , um raio de 50 metros da nascente deve ser reflorestado com mata nativa da região, respeitando-se o espaçamento dos indivíduos e a cronologia do reflorestamento primário, secundário e terciário, no caso, com elementos florestais típicos da Mata Atlântica e não com paisagismo arbóreo como foi feito (primeira foto abaixo). Isso, sem falar na imensa voçoroca que cresce no local, justamente, por ausência do reflorestamento adequado e do eucaliptal que foi, recentemente, constituído na cabeceira daquela nascente, o que viola a legislação municipal específica que proíbe o plantio de eucaliptos na proximidade de nascentes.
Outro problema crítico que envolve as nascentes já catalogadas do Município  é esse equívoco de se conformá-las como chafarizes ou coxos d’ água (segunda foto abaixo). Nascente é nascente. Chafariz e coxo d’ água são coisas, completamente, diferentes. 


Como se vê, como quase tudo que envolve a atual administração pública em João Monlevade, é preciso menos enganação, menos engodo, menos aparência, menos ornamento e mais técnica, mais efetividade, mais honestidade com o cidadão e, sobretudo, mais respeito, quando se trata do Meio Ambiente.      
    

terça-feira, 4 de junho de 2013

Setores da Imprensa Monlevadense se Prestam a Anteparo do Poderoso Mittal

O indiano Lakshmi Niwas Mittal, presidente da Arcelormittal. Política de super-exploração  da Mina do Andrade, sem diálogo ou compensação. Foto: divulgação. 

Acabo de ler na edição de hoje do Jornal A Notícia a matéria intitulada “Perigo na Estrada do Forninho”, que abordou, de maneira indireta e incompleta, a nova dinâmica vivenciada pela Mina no Andrade e já descrita aqui neste blog.
A aludida matéria faz menção à nova portaria de acesso à Mina do Andrade que está sendo implantada na Estrada do Forninho pela Arcelormittal e chama a atenção quando declara:

... A Usina de Monlevade não fica distante dali (da nova portaria) mais de 10 quilômetros, o que torna o transporte mais rápido e praticamente elimina a utilização de vias públicas no centro da cidade...  

Infelizmente, com a declaração em destaque, o Jornal desinforma a população. O minério de ferro extraído da Mina do Andrade, que é utilizado na redução do ferro-gusa, não é transportado para a Usina pelo modal rodoviário e sim pelo ramal ferroviário que liga a siderúrgica à Mina.  Assim, para a produção local de aço, a nova portaria em nada aproveita.
Também não é verdade que a nova portaria da Mina do Andrade “elimina a utilização de vias públicas no centro da cidade” já que, na era Mittal - quando a Mina deixou de produzir, exclusivamente, para a siderurgia local, passando a vender em grande quantidade para outros mercados - para escoar a produção do minério, dezenas de carretas trafegam, diariamente, por vias centrais do Município, como as avenidas Getúlio Vargas e Wilson Alvarenga e por outras como a Av. Armando Fajardo.
Essa tentativa que se tem em buscar colocar a poderosa indiana Arcelormittal dentro de uma redoma de cristal não é boa para Monlevade nem para a própria Usina.  
A nova dinâmica de super-exploração da Mina do Andrade já é um fato de repercussão histórica local  e, certamente, trará impactos profundos para o futuro do Município, devendo ser tratada pela Acelormittal com mais transparência, diálogo e respeito, o que ainda não aconteceu.
A Mina se encontra em território de Bela Vista. Mas, por motivos óbvios, todo o ônus sócio-econômico de sua exploração recai sobre o município de João Monlevade. Trata-se de um debate que não pode ser preterido, sob pena de as novas gerações – nossos filhos e netos – pagarem um preço elevadíssimo no futuro por essa omissão, deliberadamente, assumida por nossos governantes e pela direção da Usina. E a imprensa deve se portar como indutor deste debate e não como anteparo de quem se furta ao debate.        


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Preferiu se Debandar

A Laura foi à Câmara.
Fazer o que por lá?
Sem responder perguntas,
Preferiu se debandar!

Não disse coisa com coisa,
Mostrou seu despreparo.
Levou um auxiliar,
Pra lhe dar algum amparo!

Que coisa feia madrasta!
Que contas você prestou?
Omitiu dados importantes,
Faltou senso de gestor!


José Reinaldo C. Mata, Transparência Monlevade.