quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Fabrício: Asfaltamento Eleitoreiro que causa Inundação


Os muitos vídeos que circularam recentemente nos meios de mídia, registrando alagamentos, enxurradas e a formação de rios caudalosos sobre o leito das principais vias da cidade, são mais uma mostra de que o Município, por questões topográficas, etc, não comporta a política eleitoreira de asfaltamentos indiscriminados adotada pelo governo Laércio/Fabrício Lopes.

O município de João Monlevade se entende por vales e montanhas elevadas. O asfaltamento de ruas já calçadas de pedra ou de bloquete impede a absorção da água da chuva e favorece o aumento da velocidade das enxurradas, fazendo com que grande volume d’água verta rapidamente para os vales, causando alagamentos.  O correto nestes casos é que apenas as avenidas principais sejam asfaltadas. As vias  secundárias devem ser feitas de bloquetes intertravados, que produzem um pavimento moderno e de alta qualidade, ambientalmente correto, que permite a infiltração de parte da água da chuva  e diminui consideravelmente a velocidade das enxurradas.  

Contudo, o asfaltamento de ruas já pavimentadas de pedra ou de bloquete tem sido uma prática recorrente em João Monlevade porque é uma forma fácil de mostrar algum trabalho para o eleitor iludido, bastando para tal o administrador público contratar uma empreiteira para realizar o serviço.  Foi assim, por exemplo, que o secretário de planejamento, Fabrício Lopes, que já é candidato do PT a prefeito em 2024, ingressou para a política. Como tem sido governo nos últimos 14 anos, na foto em anexo é possível ver o atual secretário planejamento, Fabrício Lopes, secretário de obras na época, prestes a defender a aplicação de asfalto na Rua Joana D’arc, na ocasião em que os respectivos moradores fecharam a via, contrários ao asfaltamento.  Assim, quando a cidade inundar de novo, lembre-se dele: Fabrício/candidato/2024. Matéria completa sobre o asfaltamento da Rua Joana D'arc clique aqui. 


terça-feira, 8 de novembro de 2022

No que o Povo Votou e o que Laércio Entregou


 

Depois do fraco desempenho administrativo dos três últimos prefeitos de João Monlevade, todos relativamente jovens, o eleitorado re-elegeu Laércio prefeito. O recado das urnas havia sido claro. O eleitorado não queria mais saber de aventuras juvenis na Prefeitura. Queria algo certo e já experimentado. Laércio já havia sido prefeito e a memória do povo era de uma boa administração. O eleitorado queria ver no poder de novo aquele governo desenvolvimentista adotado por Laércio, a partir de 1996. Afinal, bastava repeti-lo que o resultado seria bem melhor do que aquele percebido com os últimos três prefeitos.

Mas, então Laércio anunciou o nome do vice, Fabrício Lopes (fotos), que havia, justamente, sido situação nos últimos três governos municipais e, mais do que isso, vice-prefeito da Simone, consorte conjugal do ex-prefeito inelegível Carlos Moreira e última colocada na eleição de 2020.  Naquele momento já se falava num vice-prefeito participativo e já candidato à cadeira do Executivo em 2024. Até aí tudo bem.  Esperava-se que  Laércio repetiria o memorável governo de 1996 e, a partir de um bom resultado administrativo obtido, ele figuraria como principal cabo-eleitoral da pretensa candidatura de Fabrício em 2024. Era o que se esperava. No entanto, não foi o que aconteceu.

Depois de eleito, Laércio Ribeiro e seu gabinete, representado por Gentil Bicalho e Geraldo Giovani, compuseram um governo muito diferente daquele de 1996. Mais de 80% dos cargos foram preenchidos por cabos-eleitorais de Fabrício, que não são muito diferentes dos cabos eleitorais de Simone e Carlos Moreira. Assim, de última colocada nas eleições de 2020, Simone/Carlos Moreira se viu bastante contemplada na composição do governo através de Fabrício Lopes, contrariando a vontade das urnas. E o resultado não poderia ser outro: um governo conservador e, portanto, de resultado administrativo pouco diferente dos que o antecederam.

Além de uma cidade imunda, mal tratada, do caos na saúde (Hospital Margarida e Santa Madalena), transporte público caro, de péssima qualidade, etc, o munícipe agora tem que conviver com a notícia muito preocupante e desconcertante de que Bolsonaro venceu a eleição do segundo turno em João Monlevade.

O eleitor precisa compreender e enxergar com os próprios olhos que até o presente momento, além da inação geral em relação aos principais problemas da cidade (círculo vermelho nas fotos), o resultado do projeto político “desenvolvimentista” que o gabinete de Laércio tem apresentado para Monlevade foi a vitória de Bolsonaro no segundo turno. Lula jamais tinha perdido em João Monlevade. Perdeu agora, justamente, quando o prefeito é do PT, o que é muito emblemático e revelador.  Volto a dizer, é preciso urgentemente que a sociedade monlevadense se organize de modo a conceber um novo grupo político, alternativo ao PT local, que venha a ser cabaz de implementar um projeto desenvolvimentista para o município e de conduzir a política como a ciência coerente que ela deve ser, caso seja eleito. Porque é visível que o PT local se esgotou e perdeu tal capacidade.  

    

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Eleição Revela PT Inapto e Dividido em João Monlevade


As  eleições são o melhor momento da política, porque  é nelas que tudo se revela. E mais uma vez, tive a oportunidade de testemunhar o quão dividido e despreparado é o PT de Monlevade.

É simplesmente estarrecedora a capacidade que o PT de Monlevade tem de se dividir, justamente, no momento mais importante da política que é o período eleitoral. E na política, a operação correta é a soma e não a divisão. Daí, uma das razões da vitória de Bolsonaro no segundo turno em João Monlevade, apesar de o Município ser, formalmente, administrado pelo PT. É só ter início a campanha eleitoral, que o PT local se divide em tantas falanges quantos sejam os interesses pessoais de um núcleo duro e ultrapassado que se apoderou do partido há décadas como se fosse seu. E haja fundo partidário!   Nas últimas eleições, foi visível a divisão do PT monlevadense, sobretudo, entre os candidatos apoiados pelo gabinete do prefeito, Laércio Ribeiro,  e aqueles mais alinhados com Lula. E entre os grupos que se organizaram em torno de tais candidatos aconteceu de tudo. Foi o desenrolar de um verdadeiro roteiro de novela das 9 da Rede Globo, repleto de expedientes de tentativas de sabotagens, puxões de tapetes, ciumeira e inveja desmedidas. Até sabotagem deliberada para impedir companheiro de tirar foto com Lula em Ipatinga aconteceu. Como anda faltando formação política ao PT de Monlevade? Será que eles não viram o que a Rede Globo fez com o Lula e com a Dilma? Então, por que repetem os abomináveis enredos das novelas globais dentro do partido? O PT local tem de compreender que não será repetindo o comportamento exibido pela grande mídia que Monlevade mudará. O PT de Monlevade tem de compreender que a política é uma ciência humana e, portanto, não comporta ações pautadas em ciúmes, inveja, etc. Eles se tratam por companheiros, mas nas eleições o que prevalece é a lei de Gerson e assim, o partido vai sendo destruído pouco a pouco, covardemente. E os que assim agem são covardes sim, porque sabotam os “companheiros”, mas não têm a mesma coragem para puxar o tapete de Carlos Moreira, por exemplo. Não há na sigla, um projeto em comum para Monlevade, que traga união no partido.  A luta do PT monlevadense é interna, um contra o outro.  O PT local foge muito à formação política e não compreende que quando alguém se empenha para sabotar o “companheiro”, ele além de não construir nada para si, também destrói o que o outro está buscando construir. O resultado disso foi a vitória de Bolsonaro no segundo turno, etc. E adivinha... o grupo que estava sabotando o outro teve cerca 100 votos a menos para a candidatura a deputado federal, apesar do apoio do gabinete do prefeito. O PT sofreu uma espécie de seleção natural interna, ficaram aqueles que compactuam com o status quo. O PT tem imensa rotatividade de suas bases, que ingressam no partido, chocam-se com o núcleo duro e depois deixam o sigla, horrorizados com o que ocorre internamente na agremiação.. Daí a dificuldade do partido em, por exemplo, preencher as vagas para candidatos a vereadores, como aconteceu na última eleição municipal.  Ou seja, só fica quem tem disposição para noveleiro. Assim, o partido também não soma e faz cair muito o nível político da agremiação.

Votei em Lula, mas não acredito no PT de Monlevade. Não é por menos que me desfilei. Não aceito ver minha militância ser barganhada conforme interesses pessoais. Também não aceito ser inserido em roteiro de novela, porque acredito que a política se faz com ética e com o manejo dos institutos científicos. Quero ver mais cientistas políticos no PT de Monlevade e menos noveleiros. Só volto a acreditar no PT de Monlevade quando houver uma grande renovação no partido. Portanto,   será preciso urgentemente, substituir o PT local como alternativa de um grupo político desenvolvimentista e coerente com seu conteúdo programático.  A falta de coerência do governo Laércio, a vitória local de Bolsonaro no segundo turno e a situação de abandono em que se encontra a cidade demonstram que o PT monlevadense perdeu a capacidade técnica para efetivar a transformação que tanto almejamos.  Aliás, depois de eleito Lula, já circula um murmurinho sobre uma possível intervenção de instância superior no diretório do PT monlevadense, justamente, por incapacidade de execução do conteúdo programático do partido no governo Municipal .