Segundo denúncia, amplamente, circulada nas redes sociais no ultimo fim de semana, um bebê de 9 meses chegou a óbito no Hospital Margarida, depois de uma espera de 12 horas dentro da unidade de saúde por atendimento pediátrico. Ainda conforme o denunciado, não havia pediatra no hospital no momento do óbito.
A Associação
São Vicente de Paulo (ASVP), criada pelo ex-prefeito inelegível Carlos Moreira para
administrar o Hospital Margarida é uma verdadeira caixa preta. Apesar dos
valores milionários em recursos públicos da saúde repassados pelo Município,
etc, e das muitas doações realizadas pelos munícipes, a ASVP não presta conta à
sociedade do que anda fazendo com tanto dinheiro. Outro problema é que a ASVP
não é uma entidade representativa da sociedade civil organizada de João
Monlevade. Ela é hermética e representa apenas os interesses da patota do
ex-prefeito inelegível Carlos Moreira. Veja na imagem anexa, que no Pronto Socorro
do Hospital Margarida existe uma placa, homenageado um político, cuja
elegibilidade foi caçada pela Justiça em função da prática de inúmeros atos de
improbidade administrativa. A ASVP não é uma entidade especialista em gestão
hospitalar, ela é uma entidade política.
Algum
vereador mais responsável deveria propor projeto de lei, obrigando qualquer
entidade subvencionada pelo Município, a prestar contas de tais valores em
audiência pública na Câmara, inclusive das doações dos munícipes. Assim,
ficaríamos sabendo quanto da subvenção a ASVP tem gastado, por exemplo, com
sucessivas obras de construção civil ou com a contratação de médicos para
atender a população. Aliás, se tem uma coisa que a ASVP se tornou especialista
é em realizar obra de construção civil no Hospital Margarida. A ASVP está
sempre reformando ou construindo no Margarida. E advinha, as empreiteiras que
realizam as obras no Margarida são exatamente as mesmas que faturaram aqueles
absurdos mais de 22 milhões de reais na tentativa fracassada de se adaptar um
hospital de 100 leitos no prédio do antigo terminal rodoviário. O pretenso
hospital Santa Madalena jamais saiu do papel, apesar da evaporação de muito
mais de 22 milhões de reais em recursos públicos, contudo o Pronto Socorro do
HM não deixou de ser batizado de Madalena (foto) em homenagem ao maior escândalo
político-administrativo ainda não resolvido em João Monlevade.
A meu ver, a
tragédia que se abateu sobre a família do bebê que faleceu, recentemente, no HM
tem relação direta com essa especialização da ASVP em executar obra de
construção civil. Ou se constrói ad
infinitum no Hospital Margarida ou se contrata médico para atendimento da
população. O que adianta construir grandes instalações, se elas não são
preenchidas com médicos contratados para atender a população? No momento da morte do bebê,
não houve atendimento pediátrico, mas as obras de construção civil para mais
uma ampliação do Hospital estão em ritmo acelerado e não podem parar. E os recursos para o custeio destes novos setores que estão sendo construídos, já estão garantidos? A verdade é que o recurso
com o qual o pediatra deveria ter sido, previamente, contratado para o pronto atendimento
daquele bebê, cuja família tem minha solidariedade, foi parar no bolso dos
mesmos empreiteiros que tantos prejuízos já causaram ao Município no caso do absurdo Hospital Santa Madalena, por exemplo. Imagina se fosse seu filho!
O povo de
João Monlevade precisa escolher se o Hospital Margarida assumirá sua função de
prestar atendimento médico adequado à população ou se seguirá enriquecendo empreiteiros
de obra de construção civil. As duas coisas a tragédia do bebê de 9 meses já demonstrou que não são possíveis.