quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Caso Prandinet: Djalma Bastos Diz que "Quem Semeia Vento Colhe Tempestade"

O vereador e líder do governo torresmista na Câmara, Djalma Bastos se pronunciou ontem, durante a sessão ordinária do Legislativo, sobre o bloqueio de bens e a ação civil pública movida pelo Ministério Público contra o edil, seu filho, o ex-prefeito Gustavo Prandini e Teófilo Torres, no caso do aluguel ilícito da torre da Prandinet.
Djalma declarou que é nascido e criado em João Monlevade, que aprendeu com os pais a ser um homem honesto e trabalhador, que tomou a decisão de encarar os fatos, evocou Deus e o Divino Espírito Santo e advertiu a quem classificou de pessoas malvadas que aquele que semeia vento colhe tempestade (veja o vídeo).

Saiba mais sobre o caso clicando aqui.      

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tudo Junto e Misturado

Realmente, anos atrás, quando a Revista The Economist publicou em sua capa a imagem de um Cristo Redentor decolando do Morro do Corcovado no Rio de Janeiro como um foguete, anunciando que o Gigante havia levantado de seu berço esplêndido, duvidei:  nenhum país do mundo chegou ao desenvolvimento social econômico, investindo apenas 4% do PIB em educação,  e à robustez macro-econômica,  sem destinar recursos expressivos para sua infra-estrutura
A China, por exemplo, que investe muito em infra-estrutura,  tem seu grande trunfo em sua herança do Comunismo: um imenso contingente populacional que escreve e sabe dissertar, narrar... que lê e consegue interpretar, domina as 4 operações da matemática e é, profundamente, disciplinado. Foi o Comunismo que alfabetizou a China que investe, atualmente,  8% de seu PIB em educação, preparando-a, mesmo sem saber, para as invejáveis  taxas de crescimento econômico experimentadas pelo país asiático nas últimas 2 décadas. Comunismo este que não deve ser confundido com Socialismo.
Comunismo é um regime totalitário em que o Estado é dono de tudo.  Socialistas são as nações livres mais desenvolvidas e de maior IDH do Planeta,  como Finlândia, Dinamarca, Suécia,  Nova Zelândia, etc.
Sarcasticamente,  aterrissando o Cristo Redentor, de volta a terras brasileiras, mais precisamente na Barreira do Inferno,  uma base da FAB no Rio Grande do Norte, que é considerada o melhor ponto do globo, inclusive, sob o ponto de vista econômico, para lançamento de satélites em orbita, tecnologia esta que o Brasil não domina e que é fundamental para a soberania nacional e para o desenvolvimento científico de ponta....
... nos últimos 10 anos, nossa nação viveu uma revolução silenciosa sem a qual os históricos protestos, que alteraram de forma inédita a agenda política nacional, nunca teriam ocorrido: o Brasil se transformou num país de maioria de classe média.  E sendo a Democracia o regime da maioria, a nova classe média brasileira foi às ruas protestar contra uma gama variada de situações e conseguiu de imediato pautar a agenda do Congresso, enterrando de vez questões monstruosas como a cura gay, a Pec 33 e 37, além da redução do preço da passagem do coletivo em todo o país.  Apenas por essas razões, pode-se dizer que os Protestos de Junho de 2013 foram bem positivos e que houve avanços.
Outro sucesso, destes últimos 10 anos, foi a quebra do enganoso  paradigma nacional de que “primeiro, era preciso crescer para, depois, distribuir” .  O Programa Bolsa Família, por si só, certamente, não é a melhor maneira de se distribuir renda, mas foi responsável pela saída de 20 milhões de brasileiros do estado de miséria e provou que é possível crescer, distribuindo renda.
Está certo que é preciso crescer mais. Para tanto são necessários mais investimentos em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, etc, que somente agora passam a ser possíveis, considerando-se a queda vertiginosa e histórica dos juros básicos da economia (Selic) ocorrida nos últimos 10 anos.  Investir em educação também é necessário, assim como em mais vagas nos cursos de medicina das universidades do país.
Os médicos estão vindo de Cuba porque o Brasil possui a metade de médicos per capta se comparado a países como Argentina, Uruguai, Chile.  A crise da saúde pública, que já evoluiu para uma crise na medicina nacional, tem uma de suas raízes na falta de médicos no mercado de trabalho interno.  A questão é de base econômica: grande demanda x profissionais insuficientes = salários altíssimos. Aí, os médicos recém formados não se vêm obrigados a deixar os grandes centros à procura de oportunidades de trabalho, já que, são tão poucos, que os grandes centros absorvem, com folga, toda a mão-de-obra ofertada, pagando altos salários. Aí, ninguém que vir dá plantão no Margarida, que estrutura não falta.   O ideal é abrir mais vagas nas faculdades, o que traria resultados em médio prazo.  Emergencialmente, o governo resolveu importar o produto em falta, assim como ocorre quando falta milho, arroz, feijão, respeitadas as devidas diferenças.
Até pouco tempo, o Brasil praticava juros básicos que chegavam ao absurdo patamar de 50%, como foi a caso de último mandato de Fernando Henrique Cardoso, o que obrigava o país a pagar para os banqueiros nacionais cerca de 250 bilhões de reais por ano apenas de juros da dívida interna, enquanto programas como o Bolsa Família, por exemplo, chegam a consumir  cerca 20 bilhões de reais do orçamento da União . Hoje, Dilma pode ser honrar de ser a presidente da República que mais baixou juros na história do Brasil, encontrando-se na casa dos 9,5% anuais. Se há crédito é graças à Dilma. E se há cenário propício à investimentos em infra-estrutura também é graças à Dilma que cortou a grana fácil de banqueiros que não produzem “um parafuso” e a esta direcionando aos portos, ferrovias e estradas dos país e grande parte dos recursos do Pré-Sal  já está garantida para  a educação.  
Se Mittal está duplicando a Laminação da Usina é porque ele está de olho nos investimentos em infra-estrutura anunciados pelo Governo  Dilma.
Por fim, volto ao foguete que impulsionava a decolagem do Cristo Redentor na capa da The Economist. A tecnologia que levou os Estados Unidos à Lua e a realizarem tantas outras façanhas aeroespaciais teve a mesma origem de sua similar soviética: o seqüestro de cientistas nazistas, entre eles, Werner Von Braun, que foi obrigado a revelar  os segredos do V2 , o primeiro foguete do mundo, movido a álcool e utilizado durante a 2° Guerra para bombardear Londres, a partir do continente Europeu.  
Decola, Brasil!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Avançou

Sinterização da Arcelormittal: possível aumento de emissão de particulado que não tem relação direta com a duplicação da produção do fio-máquina. 

Diante da histórica tendência da imprensa local em colocar a Arcelormittal dentro de uma redoma de cristal que o poderoso grupo siderúrgico, obviamente, não cabe, até mesmo pelas razões de modernidade em que a própria Usina se insere, a  matéria veiculada na edição do Jornal A Notícia da última sexta feira, parece ter feio avançar um pouco a relação de diálogo constante que deve haver entre o povo de João Monlevade e uma empresa que se pretenda moderna, não apenas em relação às suas técnicas e equipamentos de produção, mas, principalmente, no trato com as pessoas que estão, diretamente, submetidas às diversas conseqüências de sua atividade.
Com o título “Usina reforma equipamento de proteção ambiental”, o bi-semanário tratou e, realmente, informou a respeito da situação de um setor da Usina nevrálgico para a população que vive em seu entorno, sob o ponto de vista (ambiental) da emissão de particulado na atmosfera: a Sinterização.
Faltou só esclarecer se o sinter que, recentemente, começou a ser exportado pela Usina também tem sido produzido na Sinterização local, o que, além de explicar o aumento sensível da precipitação do particulado sobre bairros como a Vila Tanque, por exemplo, também poderia servir como objeto de um início de discussões na busca de se amenizar o problema.
Trata-se de uma informação importante, já  que se, realmente, o sinter exportado estiver sendo produzido na planta monlevadense, significa que a atividade da Sinterização aumentou muito, consequentemente, também aumentando a emissão do particulado, o que deveria levar as autoridades do Município a discutirem com a Usina uma forma de mitigar essa nova realidade de aumento da poluição atmosférica local.    
A julgar pelos vagões carregados de sinter que aparecem na foto divulgada junto da matéria em comento (que não são aqueles usados para trazer o minério do Andrade), a resposta parece ser a de que "sim, o sinter tem sido produzido aqui".             

A Internet no Paradoxo de Djalma Bastos


Ontem, durante a sessão ordinária do Legislativo, o líder do governo torresmista na Câmara, vereador Djalma Bastos, fez uso da tribuna para expressar sua indignação contra os atuais meios de comunicação eletrônica, como o Facebook.
Segundo Djalma, a internet faz com que muitas famílias se percam e sejam destruídas.
Ora, vereador, quando vossa excelência se valeu de meio ardil e de dissimulação para manter um contrato ilícito com a Prefeitura, por meio do qual parte de sua propriedade foi locada para instalação de torre de transmissão da Prandinet, a internet, certamente, prestava.
Agora, que o Facebook se revela como poderoso instrumento no controle social de um governo mentiroso e paralítico como esse que vossa excelência defende, a internet não presta mais.
É a armadilha paradoxal que todo político que não visa o bem comum acaba armando para si mesmo.      

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Esncon Utiliza Ônibus Sucateados no Transporte de Estudantes


 Recentemente, a Enscon, empresa prestadora do serviço de transporte coletivo de estudantes da rede pública municipal, passou a incorporar à frota empenhada no transporte escolar veículos sucateados do sistema de transporte público de Belo Horizonte.
Alguns, como o da foto, possuem mais de 15 anos de uso e carecem de dispositivos de segurança básicos como seta de direção direita. 
Diante da conhecida indisposição do Settran e do CMT em fiscalizar a Enscon, ficam as perguntas: será que estes ônibus velhos estão em condição de uso? Será que passaram por vistoria técnica do Settran para serem incorporados à frota? Será que são seguros para transportar as crianças monlevadenses? Com a palavra os senhores vereadores.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pergunta Dirigida ao Prefeito, Vereadores e Arcelormittal

Considerando que, atualmente, apenas o município de Bela Vista de Minas recolhe a CFEM (compensação financeira pela exploração mineral ou royalties da mineração), devida pela exploração da Mina do Andrade, apesar de, por motivos óbvios, todo o ônus sócio-econômico daquela atividade mineradora recair sobre João Monlevade; 
Considerando que o parágrafo 1° do art. 20 da Constituição da República dispõem que “é assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração” , ou seja, que a CFEM é devida ao município em que ocorre a exploração do recurso mineral;


Considerando que a Lei Estadual n° 2.764/62, que define a divisão administrativa do Estado de Minas Gerais, estabelece a seguinte divisa entre os municípios de João Monlevade e Bela Vista de Minas: começa no alto dos Carneirinhos ou dos Coelhos; no divisor e águas dos rios Piracicaba e Santa Bárbara; continua pelo divisor da vertente da margem esquerda do córrego dos Carneirinhos, passando pela serra dos Macacos, até atingir o rio Piracicaba, defronte à foz do córrego da Onça; sobe o espigão da margem esquerda do córrego da Onça, e segue por ele, passando pelo alto do Agapito, até ao alto do Engenho; desce a encosta deste, atingindo a foz do córrego da Mata Virgem no ribeirão do Jorge; ou seja, a exploração do minério de ferro da Mina do Andrade já avançou bastante sobre o território monlevadense, como se vê no mapa abaixo, confeccionado a partir dos dados contidos na sobredita lei estadual e no mapa territorial de João Monlevade, contido no site do IBGE (clique na opção satélite); 

Divisa (linha vermelha) entre os municípios de Bela Vista de Minas e João Monlevade na área da Mina do Andrade, segundo a Lei Estadual n° 2.764/62. O círculo em vermelho situa a portaria da Mina que tem acesso pela Rua do Andrade e por onde o parte do minério deixa o estabelecimento minerário por via férrea. Nota-se que a mineração já avançou bastante sobre o território monlevadense.

Por que o município de João Monlevade não recebe da Arcelormittal os royalties da mineração (CFEM) devidos pela produção do minério de ferro extraído dentro do território Monlevadense?

TEXTO MODIFICADO EM RELAÇÃO AO PUBLICADO EM 10/10/2013.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Asfalto Novo

Esta é a situação do asfalto recém aplicado pelo governo Teófilo Torres/Moreira/Laura, nas proximidades do PA (pretenso hospital Santa Madalena), com recursos de empréstimo realizado pelo governo anterior. Mal foi realizado e já apresenta a formação de uma profunda cratera (foto).
Trata-se de uma região de tráfego intenso de carretas que servem a Arcelormittal e se ocupam, em grande parte, do transporte do minério de ferro extraído da Mina do Andrade, que além de gerar grande poluição particulada no ambiente urbano local, vem danificando o pavimento das vias da cidade que não foram projetadas para suportar cargas acima de 40 toneladas por veículo.
Resta determinar agora a parcela de responsabilidade da Arcelormittal na manutenção das vias públicas do Município. Ou será que o povo monlevadense vai seguir pagando, sozinho e a juros altos, pelos danos provocados pela atividade particular na malha viária local?   

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Arcelormittal: Poluição do Sinter

Como a Arcelormittal não se presta à responsabilidade de informar ao povo de João Monlevade acerca dos procedimentos que envolvem a nova situação de superexploração da Mina do Andrade e a imprensa local, nas raras ocasiões em que chega a publicar alguma notícia tratando do tema, mais confunde do que esclarece, fica difícil afirmar com precisão o que tem havido no setor sinterização da Usina.
No entanto, uma coisa é certa: moradores do Bairro Vila Tanque andam irritados com o excesso de particulado (poluição atmosférica) emitido pela siderúrgica (foto acima).
É na Sinterização que a mistura composta, basicamente, por minério de ferro, cal e carvão mineral é homogeneizada e, de lá, segue para o Alto-Forno, onde é reduzida em ferro-gusa, que, por sua vez, é conduzido para a Aciaria, onde seu teor de carbono é ajustado, produzindo o aço bruto (aço = ferro + carbono).
Há poucas semanas, o jornal A Notícia divulgou que a Mina do Andrade havia realizado sua primeira exportação de minério de ferro. Segundo o bi-semanário, um excedente de 70 mil toneladas de sinter feed (minério pelotizado) foi, recentemente, enviado para a Europa.
Contudo, deixou de esclarecer se o sinter exportado foi produzido na sinterização de João Monlevade, resumindo-se a informar apenas que “o embarque partiu do Terminal de Produtos Siderúrgicos (TPS), em Vitória (ES), com solução para carregamento de minério desenvolvido pela Usiminas”.
O esclarecimento é pertinente, já que, caso a produção do sinter esteja se dando na unidade de Monlevade, significa que a atividade da Sinterização local aumentou bastante, o que explicaria o aumento da emissão de poluentes, sentido pelos moradores do entorno da Usina e poderia servir de base para a construção de um entendimento entre a comunidade e a siderúrgica, no sentido de se definirem as necessárias medidas mitigadoras para essa nova e preocupante realidade ambiental vivenciada pelo Município.        

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Fogueira


Monlevade nunca viveu uma era de tanta desordem e caos urbano.
Fora a imundice que toma conta da cidade e a quantidade imensa de lixo jogada pelas ruas, praças e passeios, agora, quem transita pela Avenida Getúlio Vargas, por volta das 17:30, se depara com uma grande fogueira de fumaça tóxica, que é, diariamente, realizada por determinada oficina automotiva instalada naquele ponto da via, a fim de se incinerar embalagens de plástico, componentes de borracha e todo tipo de resíduo que possa ser consumido pelo fogo ao final do expediente comercial.