quinta-feira, 9 de junho de 2022

O Óbito do Bebê de 9 meses no Hospital Margarida


 

Segundo denúncia, amplamente, circulada nas redes sociais no ultimo fim de semana, um bebê de 9 meses chegou a óbito no Hospital Margarida, depois de uma espera de 12 horas dentro da unidade de saúde por atendimento pediátrico. Ainda conforme o denunciado, não havia pediatra no hospital no momento do óbito.

A Associação São Vicente de Paulo (ASVP), criada pelo ex-prefeito inelegível Carlos Moreira para administrar o Hospital Margarida é uma verdadeira caixa preta. Apesar dos valores milionários em recursos públicos da saúde repassados pelo Município, etc, e das muitas doações realizadas pelos munícipes, a ASVP não presta conta à sociedade do que anda fazendo com tanto dinheiro. Outro problema é que a ASVP não é uma entidade representativa da sociedade civil organizada de João Monlevade. Ela é hermética e representa apenas os interesses da patota do ex-prefeito inelegível Carlos Moreira. Veja na imagem anexa, que no Pronto Socorro do Hospital Margarida existe uma placa, homenageado um político, cuja elegibilidade foi caçada pela Justiça em função da prática de inúmeros atos de improbidade administrativa. A ASVP não é uma entidade especialista em gestão hospitalar, ela é uma entidade política.       

Algum vereador mais responsável deveria propor projeto de lei, obrigando qualquer entidade subvencionada pelo Município, a prestar contas de tais valores em audiência pública na Câmara, inclusive das doações dos munícipes. Assim, ficaríamos sabendo quanto da subvenção a ASVP tem gastado, por exemplo, com sucessivas obras de construção civil ou com a contratação de médicos para atender a população. Aliás, se tem uma coisa que a ASVP se tornou especialista é em realizar obra de construção civil no Hospital Margarida. A ASVP está sempre reformando ou construindo no Margarida. E advinha, as empreiteiras que realizam as obras no Margarida são exatamente as mesmas que faturaram aqueles absurdos mais de 22 milhões de reais na tentativa fracassada de se adaptar um hospital de 100 leitos no prédio do antigo terminal rodoviário. O pretenso hospital Santa Madalena jamais saiu do papel, apesar da evaporação de muito mais de 22 milhões de reais em recursos públicos, contudo o Pronto Socorro do HM não deixou de ser batizado de Madalena (foto) em homenagem ao maior escândalo político-administrativo ainda não resolvido em João Monlevade.

A meu ver, a tragédia que se abateu sobre a família do bebê que faleceu, recentemente, no HM tem relação direta com essa especialização da ASVP em executar obra de construção civil. Ou se constrói ad infinitum no Hospital Margarida ou se contrata médico para atendimento da população. O que adianta construir grandes instalações, se elas não são preenchidas com médicos contratados para atender a população? No momento da morte do bebê, não houve atendimento pediátrico, mas as obras de construção civil para mais uma ampliação do Hospital estão em ritmo acelerado e não podem parar. E os recursos para o custeio destes novos setores que estão sendo construídos, já estão garantidos? A verdade é que o recurso com o qual o pediatra deveria ter sido, previamente, contratado para o pronto atendimento daquele bebê, cuja família tem minha solidariedade, foi parar no bolso dos mesmos empreiteiros que tantos prejuízos já causaram ao Município no caso do absurdo Hospital Santa Madalena, por exemplo. Imagina se fosse seu filho!

O povo de João Monlevade precisa escolher se o Hospital Margarida assumirá sua função de prestar atendimento médico adequado à população ou se seguirá enriquecendo empreiteiros de obra de construção civil. As duas coisas a tragédia do bebê de 9 meses já demonstrou que não são possíveis.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.