sexta-feira, 17 de setembro de 2010

381: O Império das Carretas do Terror

Fim de semana passado, estive em Belo Horizonte. Por não ser político que dispõe de helicóptero, fui obrigado a trafegar mais uma vez pela Rodovia da Morte, a BR 381. Confesso que toda vez que tenho de passar por aquela estrada, que não são poucas, me vem o receio da morte. Morrer é o destino de todos. Mas, se isso me acontecer antes dos 90, o que se verá será um defunto, visivelmente, contrariado no caixão. Nesta última viagem que fiz, re-confirmei toda a péssima impressão que todos têm da 381: traçado obsoleto, má sinalização, excesso de tráfego, imprudência e etc. Agora, não há como negar que uma das principais causas da alcunha de Rodovia da Morte da 381 está no absurdo comportamento das carretas e caminhões. Cada dia maiores, mais pesados, mais velozes e mais inconseqüentes, carretas e caminhões ditam as regras na 381, exibindo um show de imprudência, negligência e imperícia. E sai de baixo, porque, hoje, alcançam, facilmente, a absurda velocidade de 100, 120 e até 130 km/h. Dá pra imaginar uma coisa dessas? 50 toneladas de carga e aço, à 120 por hora? Isaac Newton deve estar se debatendo no túmulo! Esses monstros deveriam vir, de fábrica, com a caixa reduzida de modo a alcançarem a velocidade máxima de 90 km/h e nada mais que isso. E veja bem: a grandíssima maioria dos acidentes envolve carretas e caminhões. Os caminhoneiros da 381 dirigem a exemplo dos péssimos motoqueiros. Fazem o inimaginável. É preciso se exigir mais qualificação dos aspirantes à CNH específica para caminhões e carretas e é urgente um maior controle e fiscalização destes monstros do terror.

Um comentário:

  1. Caro Amigo Fernando,
    fazendo uma retrospectiva histórica da chegada ao poder do Fernando Collor de Melo, com sua máxima tõnica de "nossas carroças", e a tão sonhada abertura da importações, fez com que as montadoras brasileiras corressem atrás de um prejuízo na produção de veículos "melhores", principalmente em se tratando de estética veicular.
    Mas, alguns ítens foram e ainda estão esquecidos.
    No jornal Bom Dia desta quinta-feira, 16/09/2010, na coluna Opinião da PRF há uma esplanação sobre segurança, muito bem colocada pela PRF.
    Mas, quero chegar a uma conclusão: de que adiantou criticar "nossas carroças", que estavam, bem ou mal, adaptadas para"nossas pista"?
    Hoje, temos veículos modernos, mas, as pista, ah! estas continuam as mesmas.
    Enxegou-se e enxergam somente os veículos como produtos, e como segurança, mas esqueceram e esquecem as estradas, em especial a BR381.
    Esta observação, também, é validada para as nossas Avenidas, Ruas, Ruelas, etc.
    Uma pergunta, também, me faço e acrescento às demais: porque as montadoras não "cobram" dos responsáveis, estradas, ruas, avenidas com mais SEGURANÇA?
    Abraços.

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