Já era de se esperar que, depois da terceira morte ocorrida em pleno processo de expansão da ArcelorMittal, meios de comunicação publicassem matéria visando recompor a imagem da empresa. Mas a Usina parece ser mesmo uma boa empresa para se trabalhar. Pelo menos é o que demonstra o resultado de uma pesquisa realizada entre seus próprios funcionários. E em relação aos cidadãos de João Monlevade? O que o povo pensa sobre a ArcelorMittal? Existe alguma pesquisa a este respeito? A importância econômica da Usina para o Município é inquestionável. A duplicação de sua capacidade produtiva pode representar uma nova era de desenvolvimento para a cidade. No entanto, existem velhos e arcaicos tabus, envolvendo a Usina e Município, que precisam ser quebrados. O principal e mais recorrente deles é a afirmação de que a siderúrgica não precisa da cidade. Ledo engano. Dizer que a Usina não precisa de João Monlevade é o mesmo que dizer que a Usina não precisa de trabalhadores, o que seria um absurdo. Afinal, é em nossa cidade que os empregados da ArcelorMittal vivem, moram, estudam, vão ao médico, se valem do abastecimento de água, fazem compras, convivem uns com os outros e etc. Sem a cidade, a Usina seria inviável. E sem a Usina, Monlevade não seria mais que um arraial. Tanto é assim, que quando a Belgo se instalou aqui na década de 30, Monlevade era um pequeno arraial de Rio Piracicaba, o que obrigou a Usina a construir toda uma cidade em seu entorno. Construiu o Hospital, o Colégio Estadual, o Mercado, a Praça do Cinema, ruas, bairros inteiros como a Vila Tanque, Areia Preta, Contratados, Beira Rio e etc. A verdade é que a Usina precisa do Município tanto quanto ele precisa dela. É necessário que haja parcerias sólidas entre a Usina e o Município.
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