O Hospital Santa Madalena, que agora é PA e
dizem que vai ser o Centro de Especialidades Médicas é a mais grave incógnita
do Município de João Monlevade. Daquele, anteriormente, arrojado prédio de concreto
armado se retirou uma rodoviária muito bem localizada e de estrutura,
dificilmente, encontrada em outras cidades do interior de Minas.
Hoje, o monlevadense, principalmente, aquele
que mora nos bairros tradicionais como Vila Tanque, Siderúrgico, Beira Rio
entre outros tem que empreender uma verdadeira jornada para chegar ao novo
terminal rodoviário, localizado nas remotas imediações do Posto Cinco Estrelas.
E para que? Para o deleite da vaidade e do
populismo político. Sem estudo de viabilidade econômica, sem se conhecer o custo
final da obra, sem se conhecer o verdadeiro custo de operação do hospital, sem
se respeitar as normas pertinentes (Resolução ANVISA nº 50/2002), sem nada,
apenas com a vaidade e o populismo de se dizer: eu dei ao povo um hospital, foi
remendado um caríssimo frankenstrein. Veja que, desta vez, a dose de populismo
foi tão grande e exagerada que nem projeto de instalação do exame de imagem
mais básico de todos, o Raio X, o monstrengo tinha.
Sem dúvida, um verdadeiro sorvedouro de
dinheiro público. Ninguém sabe quanto custou até o momento ou quanto terá
custado, se é que um dia será finalizado. E a operação daquilo, quanto custará
aos cofres públicos. Mas, a vaidade... A
vaidade é aberrante! Quem idealizou a obra não se conteve em batiza-lá com o
nome de sua honrosa genitora: Madalena. E aproveitou ainda para canonizá-la. E
assim ficou: Santa Madalena.
Curiosidade: antigamente, só o Papa
canonizava santos.
Realmente Fernando, a vaidade dos homens públicos acabam por prejudicar a população. Este monstrengo de "Hospital Santa Madalena" é a maior aberração de descaso do dinheiro público. Se o HM não consegue se manter sem a ajuda da municipalidade, como Monlevade conseguiria manter um hospital daquelas proporções? E tem mais, caso este HSM fosse inaugurado quebraria também o Margarida, pois pela legislação os repasses do SUS deverão ser para Hospitais públicos, ou seja, o HM perderia o PROHOSP, o Prourg, o repasse do SUS e principalmente a isenção de impostos, pois para se manter como filantrópico precisa atender a 60% de usuários do SUS. Um abraço.
ResponderExcluirCaro Fernando, sempre que posso passo aqui para ler seus textos que são, muitas vezes, bem pertinentes. Diante deste texto cabe aqui ressaltar a falta de justiça que ocorre em nosso país. Sim, porque se no Brasil houvesse justiça era para esses empreendedores do Hospital Santa Madalena estarem na cadeia. Justificando esses gastos que ultrapassam o limite do justo e do razoável.
ResponderExcluirCaro Amigo Fernando,
ResponderExcluirjá disse ao José Henriques que, enquanto a Saúde (paradoxo é falar de saúde e tratar a (s) doença (s) sem priorizar e valorizar a prevenção dela (s)) e principalmente a EDUCAÇÃO forem tratadas nos palanques políticos, NÃO haverá qualquer ruptura com os sistemas já fatigados e falidos.
E recorremos sempre ao mesmo erro no voto. Elege-se quem pouco ou nada fará.
Isto se dá pela carência, pela necessidade urgente de ser tratados como SERES HUMANOS.
Para se ter SAÚDE é necessário se ter EDUCAÇÃO e CULTURA, pois com estas, certamente não será necessário atacar e contra-atacar a (s) doença (s).
Mas, vamos que vamos subindo (devagar) a montanha.
Abraços.