quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Guilherme Nasser: 100% de Incompetência

 Ontem, na reunião ordinária da Câmara, o vereador Guilherme Nasser (PSDB) fez uso da tribuna para elogiar o trabalho da Polícia Militar frente as ocorrências de crime no Município e observou que a eficiência da prestação do serviço público “nunca será de 100%”. Ora, quanto então de eficiência deva ser suficiente para o vereador, 20, 30%?
Com essa retórica, Nasser acaba assumido, publicamente, que atua na Administração Pública, inserido dentro de um contexto de complacência com a incompetência.
É muito triste ver um jovem vereador que ainda atua conforme a velha Escola Política. Porque, depois dos Protestos de Junho de 2013, o que o cidadão espera dos agentes públicos é 100% de eficiência na prestação dos serviços essenciais à sociedade. É essa a nova Escola Política. E o Nasser confessa que perdeu o bonde.
Não será possível atender aos princípios da nova Escola Política, sem, por exemplo, a adoção do conceito de que a Administração Púbica deva ser 100% eficiente. Aliás, é isso que instrui o Princípio da Eficiência da Administração Pública, esculpido no caput do art. 37 da Constituição/88.
No Japão, por exemplo, ainda no caso da segurança pública, ocorrem em Tóquio a média histórica de 2 homicídios por ano. E esses dois homicídios são, devidamente, elucidados pela polícia. Assim, no caso dos homicídios, contrariando Guilherme Nasser, a polícia de Tóquio alcança 100% na prestação do serviço de segurança pública. No Brasil, menos de 10% dos 50.000 homicídios ocorridos, anualmente, são elucidados pelo atual modelo de polícia brasileiro. E qual é a diferença entre o povo japonês e o povo brasileiro? É, fundamentalmente, de pensamento. Lá, entre outras coisas, os políticos assumem o dever de prestar os sérvios públicos com 100% de eficiência. Aqui, os políticos têm a cara de pau de, publicamente, assumirem o atual contexto de incompetência geral na prestação dos serviços.      

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