Todo povo soberano produz seus próprios
alimentos. Daí a importância de se valorizar a cultura voltada para o campo,
para a agricultura, pecuária, etc.
Particularmente,em Minas Gerais ,
antes que se pudesse consolidar uma cultura agro-pastoril, o que se viu foi a
terrível fome do início dos 1700, em que não poucos mineiros eram encontrados
mortos pelos caminhos da Minas, segurando uma espiga de milho na mão e um
punhado de ouro na outra, sem ter outro alimento.
No entanto, apesar da importância do campo, a essência de Minas não se molda ao estereotipo de caipira que a grande mídia, capitaneada pela Rede Globo, pinta do mineiro. E o motivo é simples: as Minas de Ouro são urbanas! Minas nasce e se estabelece urbana! Em 1750, Ouro Preto já era uma metrópole ordenada e de arquitetura padronizada, com mais 150 mil habitantes, mais populosa que Nova York, no mesmo período. Mariana, ainda em meados do séc. XVIII, foi a primeira cidade das Américas com traçado urbano planejado, ruas retas e praças retangulares. Basta conhecer uma das inúmeras cidades históricas de Minas para ver com os próprios olhos a indiscutível urbanidade mineira. As Minas de Ouro iam se descobrindo e, em frente, logo se construía um casarão, conforme padronizado pelos Códigos de Posturas, rapidamente, já havia o arruamento, uma capela, a Matriz e, assim, os núcleos urbanos mineradores iam se formando.
O Barroco e o Rococó, por exemplo, são fenômenos artísticos próprios de uma sociedade complexa e urbana por excelência. Aliás, a qualidade da arte é um bom parâmetro para se avaliar a civilidade e a urbanidade de um povo. E em todo o continente, nada se compara, em qualidade, ao Barroco Mineiro. Não é por menos que na Europa, Aleijadinho é considerado a re-encarnação mulata de Michelangelo. Em Minas, as novas gerações o desconhecem por completo.
E por que o estereotipo de caipira? Ora, em primeiro lugar, porque o caipira não minera. Vê algum mineiro minerando? Vê algum mineiro proprietário de Mina de Ferro? Tudo é das grandes mineradoras e se o mineiro, artesanalmente, ousar faiscar algum ouro, ali no aluvião, ele é, imediatamente, preso pela polícia ambiental. Segundo, porque o mineiro, no passado, sempre foi, politicamente, muito rebelde, afeto a levantes, sedições e inconfidências. O caipirismo serve para domar a rebeldia histórica do mineiro, já que o caipira não se envolve com a política e no campo não existe o conceito grego de Polis.
A verdade é que o estereotipo de caipira que a Rede Globo impõe sobre o mineiro sufoca Minas Gerais de todas as maneiras, inclusive, culturalmente, e afasta o mineiro da mineração. E o resultado verificado em Mariana, recentemente, comprova que Minas não pode se colocar de costas para a mineração.
Particularmente,
No entanto, apesar da importância do campo, a essência de Minas não se molda ao estereotipo de caipira que a grande mídia, capitaneada pela Rede Globo, pinta do mineiro. E o motivo é simples: as Minas de Ouro são urbanas! Minas nasce e se estabelece urbana! Em 1750, Ouro Preto já era uma metrópole ordenada e de arquitetura padronizada, com mais 150 mil habitantes, mais populosa que Nova York, no mesmo período. Mariana, ainda em meados do séc. XVIII, foi a primeira cidade das Américas com traçado urbano planejado, ruas retas e praças retangulares. Basta conhecer uma das inúmeras cidades históricas de Minas para ver com os próprios olhos a indiscutível urbanidade mineira. As Minas de Ouro iam se descobrindo e, em frente, logo se construía um casarão, conforme padronizado pelos Códigos de Posturas, rapidamente, já havia o arruamento, uma capela, a Matriz e, assim, os núcleos urbanos mineradores iam se formando.
O Barroco e o Rococó, por exemplo, são fenômenos artísticos próprios de uma sociedade complexa e urbana por excelência. Aliás, a qualidade da arte é um bom parâmetro para se avaliar a civilidade e a urbanidade de um povo. E em todo o continente, nada se compara, em qualidade, ao Barroco Mineiro. Não é por menos que na Europa, Aleijadinho é considerado a re-encarnação mulata de Michelangelo. Em Minas, as novas gerações o desconhecem por completo.
E por que o estereotipo de caipira? Ora, em primeiro lugar, porque o caipira não minera. Vê algum mineiro minerando? Vê algum mineiro proprietário de Mina de Ferro? Tudo é das grandes mineradoras e se o mineiro, artesanalmente, ousar faiscar algum ouro, ali no aluvião, ele é, imediatamente, preso pela polícia ambiental. Segundo, porque o mineiro, no passado, sempre foi, politicamente, muito rebelde, afeto a levantes, sedições e inconfidências. O caipirismo serve para domar a rebeldia histórica do mineiro, já que o caipira não se envolve com a política e no campo não existe o conceito grego de Polis.
A verdade é que o estereotipo de caipira que a Rede Globo impõe sobre o mineiro sufoca Minas Gerais de todas as maneiras, inclusive, culturalmente, e afasta o mineiro da mineração. E o resultado verificado em Mariana, recentemente, comprova que Minas não pode se colocar de costas para a mineração.
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