sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

A FILHA DO MARQUETEIRO/JORNALISTA NO MAIS LETAL SURTO DE DENGUE DA HISTÓRIA DE JOÃO MONLEVADE


 

Sabe aquele jornal impresso que circula há décadas no Município, nos dias de sexta-feira? Pois é... os leitores pegam aquilo para ler, buscando se informar e achando se tratar de conteúdo jornalístico, quando na verdade a maioria das matérias veiculadas naquele tablóide é produto  de marketing ora contratado diretamente, ora indiretamente e até mesmo trocado por cargo em algum governo.

É que o dono do jornal da sexta-feira, além de se autodeclarar jornalista, também é marqueteiro de tudo quanto é político no Município. Geralmente, quando é período de eleição, ele se declara marqueteiro em busca de contratação. Terminada a eleição, ele passa a se autodeclarar jornalista, apesar de não possuir formação acadêmica na área.  Assim, ele é remunerado duas vezes, quando é contratado pelos políticos e quando vende jornal.

O primeiro problema é que ao divulgar as muitas matérias de marketing que estampam o seu jornal, ele desinforma a população, violando a ética profissional do jornalismo ao não identificá-las como oriundas de contrato de marketing. Veja o que diz o Código de Ética do jornalista sobre o tema:

Art. 12. O jornalista deve:

[...]

IV - informar claramente à sociedade quando suas matérias tiverem caráter publicitário ou decorrerem de patrocínios ou promoções;

[...]

Assim, como o jornal chama-se “A Notícia” e não “O Marketing” e as matérias publicitárias não são identificadas como tal, conforme é o dever ético do jornalista, o leitor acaba se desinformando pensando se tratar de conteúdo jornalístico, quando na verdade tudo é produto de marketing vendido ou trocado por cargo na administração publica.   

Veja o que acontece em João Monlevade, por exemplo. Toda a semana, o jornal vem recheado de fotos e de matérias favoráveis ao governo local, etc, expondo claro viés publicitário,  sem a devida identificação imposta pelo inciso IV, do artigo 12 do Código de Ética do Jornalista, o que induz o leitor a acreditar que aquilo guarda alguma relação com a realidade, quando na verdade se trata de matéria de marketing trocada por cargo na prefeitura. Veja na ficha funcional em anexo, emitida pelo Portal da Transparência,  que a filha do dono do jornal, a servidora comissionada, Viviane Ambrósio Passos, ocupa o cargo de chefe da Vigilância em Saúde do Município, recebendo o salário de R$ 7.455,65, mesmo sem apresentar qualificação específica para a função. Veja o que também diz o Código de Ética do jornalista sobre o tema:           

Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações:

 I - visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica;

[...]

Vale dizer que, desde que a filha assumiu o cargo comissionado na Vigilância em Saúde, o jornal A Notícia se encontra, tecnicamente, impedido de divulgar matérias sobre a administração municipal, por haver conflito de interesse. Contudo, tanto o impresso quanto o próprio marqueteiros jamais deixaram de fazê-lo.    

E o resultado tem sido catastrófico para a Democracia Monlevadense e letal para a saúde pública o Município. Além de vir conduzindo, há décadas, o eleitor a erro, sobretudo no momento do voto, confundindo-o com conteúdo publicitário não identifico e, portanto, travestido de matéria jornalística, Monlevade ainda não tem tido imprensa que cumpra a sua função de pautar os problemas da cidade, já que o marqueteiro jamais vai expor ao público a ineficiência de seus clientes, muito menos a do patrão da filha dele. E como se já não bastasse todo o efeito negativo que um órgão de imprensa, eivado de suspeição e não isento, pode causar à Democracia que, ao contrário, exige uma imprensa livre, a aparelhagem do marqueteiro na administração pública local já consumiu a vida de um número expressivo de monlevadenses.

Não é coincidência que justamente sob a chefia da filha do dono do jornal na Vigilância em Saúde o Município venha sofrendo o pior e mais letal surto de dengue de sua história. Apenas no ano passado, foram 5 casos confirmados de mortes no Município pela dengue e outros 10 casos suspeitos, sobre os quais nada se informou, muito menos pelo jornal do pai dela. Em 2024, João Monlevade viveu seu mais letal surto de dengue, sem que a chefe da Vigilância Sanitária, Viviane Ambrósio Passos, tivesse emitido sequer um único boletim epidemiológico.  Também houve negligência nas autuações epidemiológicas, necessárias à habilitação do carro fumacê para combate da dengue.

O segundo mês de 2025 já está terminando e tudo segue armado para o prosseguimento da tragédia da dengue no Município, inclusive o aparelhamento do órgão competente para o combate da doença. É como sempre digo, não há como obter resultado diferente, agindo sempre da mesma forma.  E o marqueteiro ainda se gaba de fazer isso há quase quarenta anos.  A regra é simples, não dê ouvidos a quem é $uspeito para se manifestar.              

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