Segundo a edição de hoje do Jornal A Notícia, um vazamento
de escória e gusa na Aciaria teria concorrido para a explosão ocorrida ontem na
Usina.
Não sou especialista no processo produtivo da Arcelormittal,
mas creio que a Aciaria não é destino da escória.
Quando ocorre a corrida no Alto-Forno, na “bica”, o gusa vai
para um lado e a escória vai para outro. Se houver umidade nesta “bica”, ela se
transforma, rapidamente, em vapor e então ocorre a explosão. Só que essa “bica”
se situa no Alto-Forno e não na Aciaria. O gusa, então, é levado pelo Carro
Torpedo para a Aciaria e segue no processo produtivo até se tornar o aço bruto.
Já a escória é conduzida também em estado líquido-incandescente para a um vagão-panela
e despejada nas baias para que resfrie e se solidifique no pátio.
Em meio a mentira é difícil haver diálogo. E é justamente de
diálogo que Monlevade e a Mittal precisam.
Fico, então, acreditando que a explosão de ontem é fruto do arrocho
que Mittal tem imposto à Usina de Monlevade, em que está tudo caindo aos
pedaços, inclusive o reboco e a pintura do Zebrão, do Cassino e de outros prédios
históricos. No entorno da Usina a imundice toma conta em todos os sentidos.
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