Ontem, circulou a notícia de que a comissão de Orçamento e Finanças da Câmara aprovara, com voto favorável do vereador Belmar Diniz, o empréstimo de 3 milhões de reais junto ao BDMG para a prefeita asfaltar ruas no apagar das luzes do mandato.
Trata-se de mais um voto favorável do vereador Belmar Diniz a projeto político conservadorista destinado à manutenção do grupo de situação no poder, que se soma à lista de outros votos, igualmente, favoráveis e prestados pelo vereador petista à turma de Carlos Moreira, como também foram os casos da aprovação da terceirização do DAE, da implantação do Rotativo terceirizado e da autorização para a Enscon cobrar a passagem a bordo do coletivo apenas por meio de bilhetagem eletrônica. E agora, vem me dizer que Belmar votou favorável a projeto, visivelmente, eleitoreiro da turma de Carlos Moreira, contrário ao conteúdo programático de seu partido, sem barganhar nada? Votou pelo ideal!? Logo Belmar, um idealista que, em áudio vazado há pouco tempo, foi flagrado pedindo para Carlos Moreira cargo no governo! A visão de um vereador como Belmar Diniz no Partido dos Trabalhadores de João Monlevade dá vontade da gente sumir, literalmente.
É óbvio que o asfaltamento pretendido pela prefeita não trará desenvolvimento algum para Monlevade. Trata-se de ação desesperada de um governo que não conseguiu demonstrar qualquer liderança política na produção de resultados. Tudo que demanda a liderança pessoal da prefeita para acontecer, simplesmente, não acontece em João Monlevade. Já o asfaltamento não precisa de liderança política para acontecer, basta a contratação de alguma empresa para fazer o serviço. A prefeita não vai asfaltar porque quer, ela não tem outra opção, na tentativa de mostrar alguma realização. E a experiência que se tem é que o asfaltamento de ruas em véspera de ano de eleição, invariavelmente, se dá sem a instalação prévia da rede pluvial, meio-fio, passeios, etc. No governo de Simone já se viu até grama crescer do asfaltamento.
Em Monlevade, mais do que em qualquer outro lugar, asfaltamento por si só não é sinônimo de desenvolvimento. Ao contrário, o asfaltamento eleitoreiro e inconseqüente, sob o ponto de vista ambiental, tem se tornado sinônimo de inundação e prejuízo. É que com exceção da Avenida Getúlio Vargas, que foi uma movimentada rota de tropeiros e carreteiros, as demais avenidas de Carneirinhos e entorno foram construídas sobre ribeirões canalizados. Significa dizer que, muitas casas e comércios de Carneirinho se encontram, literalmente, localizados nas margens de ribeirões que, muito embora não possam ser mais vistos, estão ali. Dessa forma, nas ruas, o recomendado é o pavimento de blocos que permitem a absolvição da água da chuva. Do asfaltamento da área de eventos do Parque do Areão ocorrido recentemente, sem o estudo ambiental devido, pode-se esperar maior quantidade de água a verter para as avenidas no período chuvoso que se aproxima, potencializando o risco de inundações.
Resumo da Ópera: mais um projeto aprovado por Belmar Diniz com o objetivo de manter a situação no poder, em troca da potencialização das inundações em Carneirinhos e sabe-se lá mais o quê. A vontade é mesmo de sumir!
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