quinta-feira, 30 de junho de 2011

Marcelo Melo, o PT, Belmar, Dulcinéia e a Colheita de Prandini

Não é de hoje que venho escrevendo que o PT/JM não pode ser considerado governo, frente à administração Gustavo Prandini, pois governar é participar das decisões político-administrativas e isso nunca lhe foi permitido nesta gestão. Prova concreta do que escrevo foi a recente nomeação do psicólogo Tadeu Figueiredo para ocupar a Assessoria de Governo, sem que o Diretório do Partido fosse sequer ouvido, apesar de ser ele petista, é bem verdade, de Ipatinga. Hoje, o jornalista Marcelo Melo me fez uma pequena provocação em seu Blog, publicando a seguinte frase do dia: “Pára com isso, Fernando. O PT é governo sim e toma as decisões, sim”. Pois bem, Melo, sei que o amigo Urso já foi filiado ao PT monlevadense e, é bom que se diga, possui grande entendimento quanto às questões políticas da cidade. De tal forma que tenho a mais absoluta certeza que o colega blogueiro já tem muito claro em sua consciência o que Prandini e o próprio PT devem esperar para s próximas eleições, caso o partido não reaja a tempo e modo. Mas, a forte impressão que tenho é que, por razões que não me cabem o julgamento, o amigo deseja para o PT o mesmo fim que Pranini tem construído para si. Talvez, isso explique, por exemplo, a sistemática e desconstrutiva crítica que o amigo vem impondo ao vereador petista e herdeiro de um grande legado político, Belmar Diniz. E com isso eu não posso concordar, Melo. Estivessem PV e PT acertando ou errado juntos, não se poderia dizer que segundo não é governo. Mas, infelizmente, não é isso que vem ocorrendo nestes últimos 30 meses. Apesar de todos os esforços de nossa presidente, a vereadora Dulcinéia Caldeira, nunca foi permitido ao Partido dos Trabalhadores a efetiva participação nas toadas de decisões desta administração. Prandini, ao contrário do que compromisso firmado em campanha, se revelou protagonista de um governo hermético, autoritalóide, arrogante que apenas se faze precisar de partido político em época de campanha eleitoral. Veja o que aconteceu com o PV, partido do qual sou egresso, foi completamente dizimado pelo próprio prefeito. E o resultado é este desastre histórico que aflige aos olhos do monlevadense em geral. Não pretendo também ser ingênuo, retirando a responsabilidade do PT diante dos fatos, pois ela existe. No entanto, não é fruto de ação voluntária e sim de uma omissão estrutural. O PT tem sido omisso, posto que já poderia ter enquadrado este governo há muito tempo, valendo-se de sua militância, de seu dois votos na Câmara, de sua vasta base política na cidade e de seus valores e princípios partidários. Mas, o poder corrompe a alguns e assim o partido se vê fragmentado, desestruturado e, consequentemente, enfraquecido por aqueles que se esquecem de ser petistas em troca de salários de primeiro escalão. Sei também, que a essa altura dos acontecimentos, não seria, totalmente, possível descolar deste governo a imagem do partido, mas ainda há tempo para se preservar a militância e a expressiva base político-eleitoral que o PT passou a possuir desde o governo Leonardo Diniz. É esta a luta que o partido deve empreender neste momento. Salvar o que puder ser salvo desta destrutiva, infrutífera e incoerente aliança que, inadvertidamente, fez com Prandini. Assim, se o PT não é governo, materialmente, também não o pode ser, formalmente, pois o partido não tem vocação para testa de ferro. Colha sozinho, o que plantou sozinho, Prandini! Se não romper de um jeito, rompe de outro!

2 comentários:

  1. E aí doutor, pq o PT não saiu desse (des)governo até hj??????? Por uma dúzia de gatos pingados, o PT está se afundando em Monlé City.

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  2. Obrigado pelo apoio Doutor Fernando. Um grande abraço, Belmar Diniz.

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