A tentativa
fracassada e mal intencionada de se adaptar no antigo terminal rodoviário um
hospital de 100 leitos, ao custo de muito mais de 22 milhões de reais em
recursos públicos da saúde, é certamente o maior absurdo
político-administrativo da história de João Monlevade. Volto a repetir: se o
Brasil contemporâneo fosse de fato um país sério, seu idealizador, o
ex-prefeito inelegível Carlos Moreira, estaria hoje na cadeia, ao lado de empreiteiros
e de seus assessores que avalizaram aquela obra multimilionária, que nunca
alcançou a sua finalidade, até porque o sistema público de saúde do Município tem
demonstrado que não comporta dois hospitais, devido às sistemáticas crises do
Hospital Margarida.
Com aquele
que também é, sem dúvida, o maior exemplo de corrupção e de incompetência administrativa
municipal, o pretenso hospital Santa Madalena de Carlos Moreira, João Monlevade
já perdeu uma Rodoviária muito bem estruturada e localizada, muito mais de 22 milhões
de reais em recursos públicos da saúde, a promessa de um hospital de 100 leitos
que jamais saiu do papel, o Pronto Atendimento e corre o risco de perder a
Policlínica que, recentemente, também foi transferida para aquele Frankenstein de
concreto. A verdade que não é divulgada no programa de rádio do ex-prefeito é
que aquele trambolho multimilionário, tecnicamente, não se encontra apto a
abrigar nenhuma estrutura de atendimento à saúde da população, vez que o projeto
de execução da obra não respeitou os parâmetros mínimos definidos pela vigilância
sanitária para a construção de uma unidade de saúde viável, ou seja, ali pouco
importava o que estava sendo construído, desde que as empreiteiras amigas do
rei faturassem aquelas dezenas de milhões de reais.
Agora, em plena pandemia, o governo do casal
Simone/Carlos Moreira anuncia que instalará ali, naquele prédio do antigo
terminal rodoviário, impassível de alvará sanitário de funcionamento, uma
central de atendimento para pacientes com suspeita de terem contraído a Covide-19.
A exemplo da transferência do PA e da Policlínica, trata-se de mais uma tentativa
desesperada e, sobretudo, irresponsável de se conceder uma finalidade para
aquele elefante-branco que não apresenta as mínimas condições técnicas nem para
ser um posto de saúde e assim, buscar ofuscar o imenso delito administrativo
representado por aquele devaneio admin$trativo.
Tudo devido
à incapacidade das instituições em dar uma solução definitiva para aquele que é
um verdadeiro crime de lesa-pátria monlevadense. A imprensa local jamais entrou
ali para expor a verdade sobre aquela obra. Já viu, por exemplo, o jornal A
Notícia rastrear os recursos públicos que foram gastos no pretenso hospital
Santa Madalena? Não viu e nem verá, seus
jornalistas também são marqueteiros de políticos e ali tem o dedo, a mão e o
braço de Mauri & Cia. Já viu os vereadores encamparem qualquer causa pela
resolução do Santa Madalena? Jamais, a maioria é fisiologista e há até aqueles cujos
parentes estão empregados no sistema público de saúde. Já viu o Ministério
Público entrar ali? De jeito nenhum, aquela obra multimilionária tem intere$$es
de Aécio, Rodrigo de Castro & Cia.
Mas agora é
diferente, o Município vivencia um estado de exceção sanitário e irresponsabilidade
tem limite. Utilizar aquela estrutura
que não é passível de alvará sanitário, que não tem ventilação, iluminação
natural e é completamente insalubre, como definido recentemente pelos próprios
profissionais da saúde que lá trabalham, para o atendimento preliminar de
pacientes com suspeita da Covide-19 pode custar muitas vidas. Ora, se o pretenso
hospital Santa Madalena não é passível de alvará sanitário, significa que ele não reúne as condições para,
por exemplo, impedir os processos infecciosos, etc. E com vida humana não se brinca,
muito menos para justificar uma incompetência que já custou tanto ao
monlevadense! Dinheiro, Rodoviária, etc, o Município pode reavê-los, mas as
vidas humanas são insubstituíveis.
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