terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Prefeita Tomba Igreja já Tombada





Recentemente, circulou a informação de que a prefeita, Simone Carvalho, havia tombado a Matriz de São José Operário, marco histórico, arquitetônico e religioso do Município, em belíssimo estilo neoclássico, tão característico da Vila Operária de Monlevade, além da incomum nave em formato de “V”, em alusão à vitória dos aliados na II Grande Guerra.
Como se vê de entrada, trata-se de monumento que merece ser tombado para fins de preservação. Contudo, a ação da a prefeita não é inédita, como andam alardeando . O conjunto arquitetônico e paisagístico da Matriz São José Operário já é tombado para fins de preservação pelo inciso VIII da Lei Orgânica do Município de João Monlevade, desde 1990, ou seja, há 28 anos. O que a prefeita fez foi chover no molhado, demonstrando que sua assessoria não conhece os bens tombados pela legislação municipal. Aliás, como tem chovido, ultimamente!
Apesar do repentino interesse demonstrado pela prefeita em relação à história do Município, o que se vê no que restou da Vila Operária de Monlevade, que se encontra justamente no entorno da Mariz, é a ausência completa de políticas públicas para preservação do patrimônio histórico. O casario histórico da vila luxemburguesa (fotos) tem sido descaracterizado sistematicamente e muitos sobrados encontram-se em péssimo estado de conservação, além da imensa sugeria e desleixo das praças, ruas, logradouros e do abandono do Colégio Santana e do Clube de Caça e Pesca.
Como não é possível cuidar daquilo que não se conhece, transcrevo a seguir a lista de bens tombados para fim de preservação, disposta pelo artigo 170 da Lei Orgânica Municipal:


Art. 170. Ficam tombados, para o fim de preservação, e declarados monumentos naturais, paisagísticos, artísticos ou históricos, sem prejuízo de outros que venham a ser tombados pelo Município:

I - os alinhamentos montanhosos das Serras do Seara e do Andrade;
II - as áreas de proteção dos mananciais;
III - a mata do Clube de Caça e Pesca;
IV - a mata da “Cabeceira do Bananal”, no Vale do Sol;
V - a mata em volta da Represa do Jacuí;
VI - o Cinturão Verde da Usina Siderúrgica Belgo Mineira;
VII - a mata do Hospital Margarida, do Clube Embaúba e Aeroporto;
VIII - o conjunto arquitetônico e paisagístico da Igreja São José Operário;
IX - o conjunto arquitetônico original da Fazenda Solar;
X - o prédio do antigo Cassino;
XI - o conjunto arquitetônico do antigo Colégio Estadual, na Praça Ayres Quaresma;
XII - a fachada original do Bloco Administrativo do Hospital Margarida; (Redação dada pela emenda nº 8, de 2007).
XIII - o prédio do antigo Hotel Monlevade, hoje, Sindicato dos Trabalhadores;
XIII - o prédio do antigo Hotel Monlevade; (Redação dada pela emenda de revisão da lei orgânica nº 1, de 2008).
XIV - o prédio do Hotel Siderúrgica;
XIV - o prédio do antigo Hotel Siderúrgica; (Redação dada pela emenda de revisão da lei orgânica nº 1, de 2008)
XV - o prédio da Escola Santana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.