segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Desmonte do Bingo ocorrido na gestão de José Roberto Fernandes agrava Dívida do Hospital Margarida




A edição da última sexta-feira do Jornal A Notícia veiculou matéria preocupante sobre a situação financeira do Hospital Margarida. Segundo o impresso, “o fantasma do fechamento voltou a assombrar o Hospital Margarida” , que tem a receber do governo do estado R$ 4.201.188,31 em atraso , através do convênio Pro-Hosp. Para o provedor da casa de saúde, José Roberto Fernandes, o único hospital em funcionamento no Município pode fechar suas portas: “não tem como o Hospital sobreviver a esse calote”, afirmou.
Em primeiro lugar, sempre chama à atenção a falta de transparência em relação as contas do hospital. A dívida consolidada do HM corresponde exatamente ao valor de quatro milhões e duzentos mil reais atrasados pelo estado ou é maior e não foi revelado pelo provedor ?
Em segundo lugar, chama mais ainda atenção o termo utilizado pelo provedor José Roberto Fernandes: “calote”. E em relação ao que ocorreu com o ex-tradicional Bingo do HM, que foi transformado num evento comercial pelo atual provedor, tendo de ser suspenso  pela Justiça, a pedido do Ministério Público e os valores pagos pelas cartelas, estimados em cerca de 1 milhão de reais, jamais foram devolvidos aos participantes?  O nome disso também não  “calote”? Como se vê, calote gera calote.
Mas a verdade matemática da dívida agora verificada no HM é que se o provedor José Roberto Fernandes não tivesse, em 2016, descredenciado a AAHM, que por uma década realizou o Bingo do Hospital sem qualquer problema, e não tivesse contratado, sem o menor critério técnico, uma empresa de engenharia de Viçosa, reduto eleitoral de Rodrigo de Castro, desvirtuado o caráter filantrópico do evento, muito provavelmente o Bingo teria sido realizado naquela oportunidade, rendendo cerca de 1 milhão de reais em receita para o orçamento HM. E se o Bingo tivesse sido realizado também em 2017 e agora no fim do ano de 2018, seriam mais 2 milhões de reais para o HM. No total, de 2016 a 2018, o Bingo poderia ter rendido 3 milhões de reais ao HM, não fosse a ingerência de José Roberto Fernandes, que arrasou a credibilidade do evento que já vinha se firmando como um dos mais importantes do calendário monlevadense. Se considerados os juros e correção monetária do valor arrecadado pela venda das cartelas em 2016 e os juros e correção dos valores que deveriam ter sido arrecadados em 2017 e em 2018, a receita do Bingo chegaria perto de cobrir a quantia, agora, anunciada com dívida, pelos atrasos dos repasses do estado.   
Então não há como chegar a outra conclusão matemática. A ingerência do provedor José Roberto Fernandes em relação a Bingo do HM só vem contribuindo para o agravamento da dívida do hospital, favorecendo o risco de fechamento do único hospital da cidade. Não pode ser outra a verdade.              


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.