O não alcance do resultado desejado no projeto chamado de “Novo
Centro”, da prefeita Simone/Carlos Moreira, não surpreende e é mais uma conseqüência
de um governo marcado pela aversão à engenharia e aos procedimentos técnicos.
O tráfico de veículos automotores é objeto de estudo da
disciplina conhecida como Engenharia de Trânsito. É muito difícil encontrar
resultados satisfatórios no trânsito, sem que as ações destinadas a seu aprimoramento
sejam precedidas do devido estudo de engenharia, como ocorreu no caso das
alterações provocadas pelo projeto executado pelo SETTRAN. Infelizmente,
Monlevade não conta com um engenheiro de trânsito na chefia do SETTRAN, de modo
que não se pode esperar outra postura do órgão a não ser a de “tentativa e erro”,
o que não é admissível numa administração pública, que deve nortear suas ações no princípio da eficiência, como
determina a Constituição. Ao contrário do que dizem os governistas e vinculados,
as situações de acessibilidade e de congestionamento naquele ponto do centro
comercial, no horário de pico, de fato, pioraram a olhos vistos. Antes, era possível trafegar pelas ruas
paralelas à A. Getúlio Vargas, para
subir em direção aos bairros, voltando pela R. Joana d’Arc ou pelo beco do hotel
e contornando no Cabritinho para seguir em direção ao B. Santa Bárbara ou para
a A. Gentil Bicalho. Agora, tal caminho alternativo não é mais possível,
forçando o motorista a utilizar apenas as avenidas mais congestionadas do
centro, o que afeta a acessibilidade. Se, antes, o congestionamento, era maior
apenas para quem descia do Hipermercado, agora, há contenção em ambos os
sentidos da via, em conseqüência do semáforo instalado. Aliás, não se compreende porque a direita não
é livre naquele semáforo, já que não há cruzamento de veículos quando se trafega
em direção ao Hipermercado. Trata-se de mais uma conseqüência da falta de
estudo técnico.
O que aconteceu em relação ao projeto “Novo Centro” da
prefeita, ou seja, a incapacidade de entregar para o povo o resultado anunciado
não é novidade em governos influenciados por Carlos Moreira. Guardadas as
devidas proporções, o “Novo Centro” não é muito diferente da tentativa também
fracassada de se improvisar um hospital de 100 leitos no prédio do antigo
terminal rodoviário. O enredo é o mesmo: se prometem melhorias mil, gastam-se tempo,
trabalho, recursos públicos e o resultado não é alcançado. Pode ter certeza, no
projeto congestionado da prefeita foram gastas dezenas de milhares de reais,
tempo trabalhado de servidores públicos, além dos transtornos para a população,
apenas para piorar o que já se tinha. A administração pública deve ser,
obrigatoriamente, competente. É o que determina a Constituição. O monlevadense não pode aceitar a incompetência
recorrente na administração pública já
que quem ocupa o poder firmou o compromisso com o povo de que contava com a
capacidade necessária para resolver os problemas da cidade com eficiência,
responsabilidade e competência.
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