Para 2015, desejo que o mineiro deixe de acreditar que é
caipira. Desejo que o mineiro volte a compreender que seu estado se chama Minas
Gerais, porque aqui se estabeleceu e floresceu uma civilização única e riquíssima,
em todos os aspectos, em meio a mineração do ouro. Desejo que o mineiro olhe
para as primeiras vilas aqui fundadas, a partir do descobrimento do ouro em
1695, como Ouro Preto, Mariana e Sabará, e perceba que Minas nasce e se firma
urbana... ordenada. Desejo que Minas redescubra que o Barroco e o Rococó
mineiros são fenômenos artísticos próprios de uma sociedade complexa,
sofisticada e, eminentemente, urbana, sem precedentes e sem similar em todo o
Continente Americano.
Em suma, desejo que o
mineiro se volte para as Minas. Que perceba que Minas Gerais vive um segundo e
importantíssimo ciclo da mineração – o do minério de ferro – uma fabulosa
riqueza que há décadas vai se esvaindo, sem contudo, promover os benefícios
merecidos pelo povo mineiro.
Enquanto o mineiro segue acreditando que é caipira, montanhas inteiras de ferro são extraídas de
seu subsolo, pagando apenas 3% de royalties sobre o lucro da mineradoras (os
royalties do petróleo são de 10% sobre o faturamento das petroleiras) e para
Minas vai restando apenas o dano ambiental e a exaustão de seus metais.
O ouro, então, virou
tabu. Acreditando que é caipira, o mineiro não se recente em não mais poder
minerar o ouro, cuja exploração é reservada apenas para as grandes empresas
mineradoras, muitas delas, estrangeiras . Que Minas Gerais é essa que o mineiro não pode mais minerar?
Em 2015, desejo que o mineiro volte a minerar o ouro, o ferro, o nióbio, as pedras preciosas e etc. E que toda essa riqueza seja revertida de forma justa para Minas Gerais.
Em 2015, desejo que o mineiro volte a minerar o ouro, o ferro, o nióbio, as pedras preciosas e etc. E que toda essa riqueza seja revertida de forma justa para Minas Gerais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ofensas e denúncias infundadas serão riscadas ou excluídas a critério do autor do Blog. Obrigado pelo comentário.