Na foto, pau-de-arara, com a seta quebrada, transporta estudantes do Rota: os ônibus mais velos da Enscon são usados, justamente, no transporte escolar.
Está em vigor desde ontem o aumento de 12% sobre a tarifa do
transporte coletivo para quem paga a passagem em dinheiro nos ônibus da Enscon,
que passa de R$ 2,65 para R$ 2,90. O
Conselho Municipal de Transporte (CMT) justificou a necessidade do reajuste no
aumento do preço do diesel e no retorno da incidência do PIS e Cofins.
É, simplesmente, incrível como a Enscon segue, livremente, a
discriminar os usuários do transporte coletivo, punindo com sobretaxa da tarifa
aquele que não se submete a seu sistema de bilhetagem eletrônica que já mandou
200 trocadores para a rua da amargura.
Engraçado é que quando, em 2013, foi decretada a isenção do
PIS e da Cofins, a Enscon não repassou tal desoneração ao preço da passagem. A
redução drástica de sua folha de pagamento, da qual foram demitidos mais de 200
pais de família, proporcionada pela
utilização do esconcard, também nunca foi repassada para o preço da passagem.
Aliás, o que se tem visto nos últimos anos no que diz
respeito a Enscon é uma empresa que só aumenta seus lucros, de todas as
maneiras possíveis e impossíveis, enquanto a prestação do serviço público de
transporte coletivo apenas piora, drasticamente, em qualidade.
A Enscon, que responde a processo por fraude contra a
licitação, não é fiscalizada em, absolutamente, nada pela prefeitura dos
Torres. É ela própria, por exemplo, que informa ao Settran dados importantes na
composição do preço da passagem como o número de passageiros que circularam em
seu sistema, o quanto de diesel, pneus e lubrificantes foram gastos naquele mês,
etc. Lá é, literalmente, a raposa que toma conta do galinheiro! O Settran não
colhe nenhuma informação dentro da empresa. E também não fiscaliza a situação
dos ônibus, os itinerários e os horários dos mesmos. A quantidade ônibus, com
mais de 5 anos de uso, em operação na Enscon, expelindo grande volume de fumaça
pelas ruas da cidade, é imensa. Os mais velhos são utilizados, justamente, para
transportar as crianças do sistema escolar. Nem a faixa amarela com os dizeres “escolar”,
que, segundo a legislação de trânsito, deveria identificar os coletivos dos
estudantes, é respeitada pela Enscon. Ela faz o que quer, como quer, na hora
que quer! Em Monlevade, ônibus é só na hora do rush e, mesmo assim, lotado e
imundo. Se um cidadão precisar se locomover fora do rush, pode esquecer.
Alguém sabe quanto a Enscon lucra por ano no Município? Só o
Mauro Lara, dono da empresa, saber porque a planilha utilizada para a composição
do preço da passagem é, imensamente, obscura e não permite o conhecimento dessa
informação tão básica. Como é possível ao CMT sugerir aumento da passagem, sem
conhecer o lucro da empresa?
A verdade é que João Monlevade se encontra refém da Enscon.
E, tratando-se de um serviço, diretamente, ligado ao direito de ir e vir, capaz
de trazer conseqüências para o meio ambiente, para a economia do Município e
para a qualidade de vida dos munícipes, enquanto vigorarem os abusos cometidos
pela Enscon, Monlevade não volta aos trilhos de desenvolvimento nem por reza brava.
A Enscon já deu o que tinha de dar. A empresa se encontra como um “modus operandi” tão viciado que seria impossível voltar a fiscalizá-la, por exemplo, o que é vital para a volta da qualidade na prestação do serviço. Passou da hora do Município promover nova licitação e contratar uma outra empresa que tenha uma filosofia muito mais moderna e correta na prestação de tão importante serviço.
A Enscon já deu o que tinha de dar. A empresa se encontra como um “modus operandi” tão viciado que seria impossível voltar a fiscalizá-la, por exemplo, o que é vital para a volta da qualidade na prestação do serviço. Passou da hora do Município promover nova licitação e contratar uma outra empresa que tenha uma filosofia muito mais moderna e correta na prestação de tão importante serviço.
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