A edição
de hoje do Jornal A Notícia veiculou o texto intitulado “O PT e o Margarida”
que merece algumas correções de ordem jurídica e política, para que a população
não seja conduzida ao engano, sobre tão importante tema para o Município e
região.
Segundo a publicação, “desde que assumiu o governo de
Minas, o Partido dos Trabalhadores de Fernando Pimentel (PT) não repassou um
centavo sequer para o hospital Margarida”.
Apesar de a administração do HM tratar sempre com pouca
transparência as contas da instituição, tem se divulgado pela imprensa local e
existe um consenso de que o atual calcanhar de Aquiles do hospital é o custeio
de sua urgência e emergência. Donde se conclui que o HM precisa de uma fonte
segura e perene para o custeio destes seus dois setores internos.
Se o governo Pimentel ainda não repassou nenhum centavo
para o Margarida é porque Danilo (PSDB) e Rodrigo de Castro (PSDB), Mauri
Torres (PSDB honorário), Carlos Moreira (inelegível) e Guilherme Nasser (PSDB)
fizeram pose para tantas cerimônias de inauguração de várias estruturas no
hospital, sem, contudo, buscarem garantir na Lei Orçamentária Anual do Estado
de Minas Gerais vigente (2015) e aprovada ainda no governo Anastásia, a
respectiva verba de custeio. E fizeram isso, apesar de a Lei de
Responsabilidade Fiscal dispor que os atos que criam ou aumentam despesas devem
demonstrar a origem dos recursos para seu custeio (parágrafo 1º do art. 17).
Aliás, a criação de despesa corrente, sem a previsão da respectiva receita é a
mais simples demonstração de irresponsabilidade fiscal.
Outra questão que também deve ficar clara é que para o
governo de Minas passar a socorrer o HM, financeiramente, é necessário que
muita coisa mude na administração do Hospital.
O HM precisa ser muito mais transparente na prestação de
suas contas, divulgando, por exemplo, a lista de seus credores, coisa que ele
nunca fez em relação à atual dívida. O conselho administrativo do Hospital
também deve se abrir mais e apresentar maior capacidade representativa em relação
á comunidade. Uma instituição administrada de maneira tão fechada não é
compatível com aquela que deve receber recursos públicos, pois tal situação
demanda abertura e transparência em todos os sentidos. E Danilo de Castro e
Mauri Torres devem largar o osso e deixar de influenciar na indicação política
para cargos na instituição, que deveriam se orientar, majoritariamente, pelo
mérito técnico.
De tal modo que, que o socorro do Margarida por parte do
governo Pimentel depende muito mais de Mauri, Danilo de Castro e da capacidade
do conselho do Hospital em promover a abertura e a transparência necessária, do
que de qualquer outra coisa. Por mais urgente que seja a ajuda financeira, o
governo de Minas, certamente, não pode aplicar recursos públicos num Hospital
administrado com tão pouca transparência e representatividade, onde antigos
esqueletos do derrotado governo tucano de Minas Gerais ainda dá as cartas,
privilegiando o apadrinhamento e o aparelhamento políticos, em detrimento da
técnica e da verdadeira realidade da Casa de Saúde.
Concordo em tudo. O gerente, por exemplo, foi imposição do Mauri Torres.
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