segunda-feira, 6 de julho de 2015

Perfil Editorial do Jornal A Notícia carrega o DNA da Ditadura

Do pau que nasce torto, até as cinzas são tortas.
A, praticamente, um ano do início da corrida eleitoral de 2016, o jornal A Notícia já se encontra em franca campanha. E para um veículo de comunicação fundado ainda nos anos de chumbo, num contexto de censura oficial que somente se encerraria em 1988, não é de se estranhar que o semanário se insurja contra os partidos políticos. Afinal, o maior temor que os conservadores possuem é o de que a política seja utilizada como instrumento da democracia e de transformações sócio-econômicas.
Obviamente, o jornal A Notícia não se contrapõe a partidos como, por exemplo, o PSDB local que é conduzido de forma coronelesca e autoritária, como foi a imposição da candidatura do atual prefeito, em 2012, fruto apenas da inquestionável vontade do pai, o ex-deputado Mauri Torres. Ele ataca partidos que se estruturam, organicamente, e que são conduzidos mediante decisões colegiadas e democráticas, como o Partido dos Trabalhadores de João Monlevade.
O texto veiculado na edição da última sexta-feira do A Notícia e intitulado “Rejeição a Dilma e as eleições municipais”, em que o editor do ex-bi-semanário, Erivelton Braz, tentou vincular os baixos índices de aprovação popular da Presidente da República ao PT de João Monlevade, apenas comprova que aquele órgão de imprensa não nega sua origem e ainda carrega em seu perfil editorial o DNA da ditadura em que foi fundado em 1984, além de afigurar como mais um triste serviço de desinformação contra a boa-fé do leitor.
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o histórico eleitoral recente demonstra que as eleições municipais em João Monlevade têm sido afetadas muito mais por fatores locais, do que por quaisquer outros. Foi assim, por exemplo, com a eleição do próprio Teófilo, em que, apesar do Brasil naqueles idos apresentar índices de pleno emprego, baixa inflação e razoável crescimento econômico, o filho de Mauri foi eleito com grande margem de votos. Pesaram, naquele momento, o péssimo desempenho de Prandini e os 90% de rejeição popular do ex-prefeito pevista.
No que diz respeito à vergonhosa epidemia de corrupção que assola Brasília, é preciso ter a coragem para informar o povo desta cidade que o PT monlevadense é pessoa jurídica de direito público distinta do PT nacional e que aqui, em João Monlevade, não existe nenhuma liderança petista envolvida em escândalo de corrupção. Muito pelo contrário, aqui em João Monlevade, os escândalos de corrupção são todos protagonizados por lideranças ligadas ao PSDB, como Mauri Torres, que avalizou um cheque no valor atualizado de mais de1 milhão de reais para a empresa SMP&B de Marcos Valério no chamado “Mensalão Tucano”; Carlos Moreira, o ex-prefeito mais processado da história de João Monlevade, protagonista da “Farra do Lixo”, da “Farra dos Permissionários”, da fraude na licitação da Enscon, da “Farra de 22 milhões de reais do Hospital Santa Madalena”, além de outras, e Teófilo Torres, o único prefeito da história de João Monlevade a ter os bens bloqueados em ação civil pública motivada por ato de improbidade administrativa praticado antes mesmo do exercício do mandato, no caso que ficou conhecido como o "Fantasma de Nova Serrana". 

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