Do pau que nasce torto, até as cinzas são tortas.
A, praticamente, um ano do início da corrida eleitoral de
2016, o jornal A Notícia já se encontra em franca campanha. E para um veículo
de comunicação fundado ainda nos anos de chumbo, num contexto de censura
oficial que somente se encerraria em 1988, não é de se estranhar que o
semanário se insurja contra os partidos políticos. Afinal, o maior temor que os
conservadores possuem é o de que a política seja utilizada como instrumento da
democracia e de transformações sócio-econômicas.
Obviamente, o jornal A Notícia não se contrapõe a partidos
como, por exemplo, o PSDB local que é conduzido de forma coronelesca e autoritária,
como foi a imposição da candidatura do atual prefeito, em 2012, fruto apenas da
inquestionável vontade do pai, o ex-deputado Mauri Torres. Ele ataca partidos
que se estruturam, organicamente, e que são conduzidos mediante decisões
colegiadas e democráticas, como o Partido dos Trabalhadores de João Monlevade.
O texto veiculado na edição da última sexta-feira do A
Notícia e intitulado “Rejeição a Dilma e as eleições municipais”, em que o
editor do ex-bi-semanário, Erivelton Braz, tentou vincular os baixos índices de
aprovação popular da Presidente da República ao PT de João Monlevade, apenas
comprova que aquele órgão de imprensa não nega sua origem e ainda carrega em
seu perfil editorial o DNA da ditadura em que foi fundado em 1984, além de
afigurar como mais um triste serviço de desinformação contra a boa-fé do leitor.
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o histórico
eleitoral recente demonstra que as eleições municipais em João Monlevade têm
sido afetadas muito mais por fatores locais, do que por quaisquer outros. Foi
assim, por exemplo, com a eleição do próprio Teófilo, em que, apesar do Brasil
naqueles idos apresentar índices de pleno emprego, baixa inflação e razoável
crescimento econômico, o filho de Mauri foi eleito com grande margem de votos.
Pesaram, naquele momento, o péssimo desempenho de Prandini e os 90% de rejeição
popular do ex-prefeito pevista.
No que diz respeito à vergonhosa epidemia de corrupção que assola Brasília, é preciso ter a coragem para informar o povo desta cidade que o PT monlevadense é pessoa jurídica de direito público distinta do PT nacional e que aqui,em João
Monlevade , não existe nenhuma liderança petista envolvida em
escândalo de corrupção. Muito pelo contrário, aqui em João Monlevade , os
escândalos de corrupção são todos protagonizados por lideranças ligadas ao
PSDB, como Mauri Torres, que avalizou um cheque no valor atualizado de mais de1 milhão de reais para a empresa SMP&B de Marcos Valério no chamado
“Mensalão Tucano”; Carlos Moreira, o ex-prefeito mais processado da história de
João Monlevade, protagonista da “Farra do Lixo”, da “Farra dos
Permissionários”, da fraude na licitação da Enscon, da “Farra de 22 milhões de
reais do Hospital Santa Madalena”, além de outras, e Teófilo Torres, o único
prefeito da história de João Monlevade a ter os bens bloqueados em ação civil
pública motivada por ato de improbidade administrativa praticado antes mesmo do
exercício do mandato, no caso que ficou conhecido como o "Fantasma de Nova Serrana".
No que diz respeito à vergonhosa epidemia de corrupção que assola Brasília, é preciso ter a coragem para informar o povo desta cidade que o PT monlevadense é pessoa jurídica de direito público distinta do PT nacional e que aqui,
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